terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bolsa em Crise Especulação em Alta.

As fortes oscilações na bolsa de valores acabam favorecendo os movimentos especulativos, pois o momento é propício para se ganhar muito dinheiro em pouco tempo. A especulação ocorre durante as oscilações e geralmente no curto prazo. Portanto, quem comprou ações ontem, dia em que a BOVESPA apresentou a maior queda dos últimos 10 anos, possivelmente comprou bem e em poucos dias terá lucro.

Mas devemos considerar o risco também diretamente proporcional, embora na atual situação o tempo de espera seja relativamente curto entre a compra e venda. Por essa ótica quanto mais oscilar a bolsa melhor. Exemplo: outro dia um amigo comprou 10 lotes de ações da Petrobrás para fazer um Day Trade, mas aconteceu uma queda inesperada, no dia seguinte viu sumir R$ 5.000,00 do seu “investimento”, esperou cinco dias, vendeu as ações, recuperou os R$5.000,00 e ainda ganhou mais R$1.700,00 (descontando os custos da operação), um rendimento de 5,15% em cinco dias ou o equivalente a uma aplicação em renda fixa por aproximadamente 6 meses.

Em Economia existe uma máxima que diz que durante a crise também aparecem as oportunidades e para muitos esse é o caso.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Momento Político: Eleição em Florianópolis

Ontem assisti ao debate e gostaria de destacar alguns pontos:

1º A condução do Paulo Alceu e a direção da RIC Record que estabeleceram ordem e ritmo ao debate. Dizem que num bom jogo o juiz quase não aparece, mas está sempre ali para garantir o espetáculo aos telespectadores. Esse foi o caso;

2º A polarização dos candidatos em duas frentes os que costumam se alternar o poder no Estado e aqueles que anseiam por uma mudança no perfil do eleitorado cativado durante anos; embora não se julgue do mesmo lado sempre estão lado a lado. Em Florianópolis existe uma tendência do eleitorado que raramente se quebra, a tendência é clara e a mudança acaba sendo um acidente de percurso;

3º Entendo que o DEM (antigo PFL) esteja modernizando o discurso e até mesmo que o candidato a Prefeito acredite ingenuamente no que está dizendo, mas é incoerente querer apagar as feridas feitas pela história e pelos anos de ditadura, não há ódio pessoal, mas uma ferida histórica que faz com que o partido chegue ao poder apenas pelas beiradas, ou seja, coligações cujas candidaturas do partido não apareçam em primeiro plano;

4º Sobre a privatização: acredito sinceramente que esse assunto mereça muita atenção e cuidado na hora de colocar em prática, mas sem dúvida é preferível na maioria das vezes deixarmos as empresas na mão da iniciativa privada do que nas mãos de políticos corruptos ou da administração pública ineficiente (lembrando que existem empresas públicas extremamente bem administradas);

5º As pesquisas de opinião estão demonstrando que os eleitores querem de fato a concretização das promessas de campanha e não apenas de discursos pirotécnicos. E por falar nisso, o teleférico acabou contando negativamente para o PT, pode até ser viável nos cálculos do partido, mas não caiu bem às bandeiras do partido, o povo tem outras prioridades e o PT muito mais o que mostrar.

5º Entendo que as irregularidades apontadas nos debates devam ser denunciadas e rigorosamente averiguadas e que não devam cair no discurso vazio nem desesperado da reta final da campanha. Essa responsabilidade também é do servidor público, que pode se tornar no grande agente na mudança de cultura dentro das organizações públicas através da fiscalização e denúncia de possíveis irregularidades. Existe a possibilidade de denúncias anônimas ao Ministério Público o que evitaria a perseguição política, prática ainda comum e que também pode ser denúnciada.

domingo, 28 de setembro de 2008

Dê ao povo o que ele merece!

A Reforma Tributária é um anseio de uma minoria da população que tem realmente consciência do que isso significa, pois grande parte infelizmente não tem a informação (leia-se educação) necessária para saber ou entender a importância que tange o assunto. A Reforma Tributária está no “imaginarium” dos empresários, dos contribuintes, mas longe do conhecimento popular e do interesse dos políticos, por isso está na gaveta do Congresso e do Governo.

Infelizmente nós sempre culpamos os políticos pelas "desgraças do Brasil", mas somos nós que os colocamos lá. Eles são a extensão da consciência (ou da falta de consciência) de um povo, o reflexo do que pensamos e do que somos. Se você tem consciência da situação e agiria diferente, você faz parte da minoria que o representa nos corredores de Brasília, no Congresso Nacional, no Governo do Estado e no Governo de sua Cidade, nas Assembléias Legislativas, nas Câmaras de Vereadores e em todas as empresas e em órgãos públicos.

Estamos representados na figura dos bons políticos ou dos maus políticos, dos cargos comissionados eficientes e daqueles que apenas recebem o aval político para exercer suas funções (ou disfunções, porque têm gente que atrapalha o bom andamento do serviço público). Pode acreditar! Estamos proporcionalmente representados...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Feirão do Imposto mostra peso da carga tributária para a população

Dia 27 de setembro é o dia para conhecer de perto a mordida do leão em mais de 100 cidades no Brasil e 11 em Santa Catarina Todos os dias cidadãos brasileiros compram pão, tomam café, vão para o trabalho de carro ou de ônibus e muitas vezes nem sabem que para essas atividades, boa parte do que pagam, são impostos que ficam para o governo

Na farinha, a porcentagem é de 34,47%, no café é de 36,52% e no açúcar é de 40,4%. Para o transporte a mordida também é grande, 57,03% na gasolina e 22,98% na passagem de ônibus. São 83 tributos pagos no Brasil. É para conscientizar a população sobre o quanto se paga em impostos e mobilizar a sociedade para que se tenha o retorno desse pagamento é que no dia 27 de setembro vai acontecer o Feirão do Imposto em mais de 100 cidades, 11 delas em Santa Catarina: Blumenau, Brusque, Caçador, Florianópolis, Itajaí, Lages, Rio do Sul, São José, São Lourenço do Oeste, São Miguel do Oeste e Tubarão.

Segundo o coordenador nacional do Feirão do Imposto e vice-presidente do Cejesc, Gregory Barbieri, jovens empresários de todo o país se mobilizam para contribuir com a luta pela redução da carga tributária brasileira. “Neste dia, integrantes do movimento do jovem empresário, vinculados à Confederação Nacional de Jovens Empresários, ocupam praças, ruas, shoppings, terminais urbanos e outros locais públicos, para expor produtos, destacando a porcentagem de imposto que é repassado ao governo”.

Em Santa Catarina o movimento é organizado pelo Cejesc – Conselho Estadual do Jovem Empreendedor de SC ligado à FACISC – Federação das Associações Empresariais de SC. Arrecadação Recorde A Receita Federal arrecadou, de janeiro a agosto de 2008, R$ 679 bilhões, quase 14% a mais do que no mesmo período de 2007, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Dados da própria Receita mostram que, em julho de 2008, houve a maior arrecadação para o mês, com uma mordida de R$ 61,95 bilhões, ou 15,59% a mais do que em julho do ano passado, já descontada a inflação. O tributo com maior aumento percentual foi o IOF, num total de R$ 11,5 bilhões de janeiro a julho, alta de 148,7%.

Como nasceu O Feirão do Imposto é um projeto legitimamente catarinense que nasceu em 2003 na cidade de Joinville através da ACIJ Jovem (Núcleo de Jovens Empresários da Associação Comercial e Industrial de Joinville). Através dele pode se conhecer de forma transparente a carga de impostos pagos pelo contribuinte (percentual de tributos) sobre serviços e bens de consumo que é um direito assegurado pelo parágrafo 50 do Art. 150 da Constituição Federal. Ele foi o ponto de partida para deflagrar uma campanha nacional acerca da alta carga tributária, mobilizando toda a sociedade civil para a causa de informar e, sobretudo educar a população sobre o quanto se paga de imposto, já que a grande maioria dos brasileiros não tem consciência que paga impostos sobre todos os produtos e serviços que consome em seu dia a dia.

Além disso, tem como outra proposta chamar a atenção da população para o que se recebe em troca de pagar tanto imposto. É uma ação da sociedade civil organizada e encampada por várias entidades. O Feirão do Imposto se tornou uma ação nacional através da Confederação Nacional dos Jovens Empreendedores (CONAJE), como iniciativa do CEJESC – Conselho Estadual de Jovens Empreendedores de SC, que é o braço catarinense da entidade.

A Conaje realizou convênio com o Instituto Catarinense de Estudos Tributários (ICET ) para contar com apoio técnico e científico na elaboração das planilhas que divulgarão a carga tributária incidente em cada produto a ser exposto no evento. Dessa forma, o contribuinte fica sabendo, por exemplo, que, quando compra uma lata de refrigerante, 47% do valor pago é destinado ao Governo em forma de tributos. "Quando toma conhecimento desses números, o contribuinte percebe que o valor que se está efetivamente pagando por um determinado produto ou serviço é muito aquém daquilo que está sendo pago”, indica Gregory Barbieri.

Trabalhar metade da vida para pagar tributos Segundo o IBPT, a carga tributária sobre renda, consumo e patrimônio já consome 148 dias de trabalho do brasileiro; neste ano, cada cidadão trabalhará até 27 de maio para pagar impostos, taxas e contribuições. A expectativa de vida atual do brasileiro é de 72,3 anos. Em 1900, a expectativa de vida era de 33,4 anos, enquanto que a expectativa de pagamento de tributos era de 3,92 anos; Em 1950, a expectativa de vida era de 42,6 anos e a expectativa de pagamento de tributos era de 6,82 anos; Em 2000, a expectativa de vida era de 70,5 anos e a expectativa de pagamento de tributos era de 23,31 anos; Em 2008, a expectativa de vida é de 72,3 anos e a expectativa de pagamento de tributos é de 29,29 anos; O brasileiro que nasce em 2008 trabalhará metade de sua vida para pagar tributos e em 108 anos a expectativa de vida do brasileiro cresceu 116%, enquanto que a expectativa de pagamento de tributos aumentou 245%.

FONTE: Revista Portuária

DIAS TRABALHADOS PARA PAGAR A INEFICIÊNCIA GOVERNAMENTAL

Classe média trabalha 75% do ano para pagar tributos e adquirir serviços privados em substituição aos serviços públicos.

Face à deficiência na prestação dos serviços públicos, as famílias têm que gastar cada vez mais com serviços privados em substituição àqueles que deveriam ser fornecidos pelo Poder Público, com isso a classe média brasileira trabalha 75% do ano para pagar tributos e adquirir serviços, revela Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT.

O estudo mostra que a classe média trabalhou até 05 de junho somente para pagar tributos (157 dias); e de 06 de junho a 30 de setembro (117 dias) trabalhará para adquirir serviços privados de educação, saúde, previdência, segurança e pedágio. A segurança privada foi item que mais apresentou crescimento.

Essa nova realidade mostra que a classe média está trabalhando dois dias a mais em 2008, comparativamente a 2007 para pagar impostos; (1 dia para tributos e 1 dia para serviços privados)

“O cidadão de classe média brasileira só começará a trabalhar para comer, se vestir, morar, adquirir bens, gozar férias e fazer alguma poupança no dia 1º de outubro, neste ano”, ressalta Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT.

O levantamento foi feito por faixa de renda. Considerou-se, para fins tributários, a faixa mensal de rendimento de até R$ 3.000,00 (classe baixa), de R$ 3.000,00 a R$ 10.000,00 (classe média) e acima de R$ 10.000,00 (classe alta).

Fonte: IBPT

Desabafo político...

Já participei de debates com candidatos a prefeitura, cobertura de eleição na TV, é interessante ver tudo por outro ângulo, mas às vezes decepciona. Trabalhei no Governo também e vi que a grande parte do problema da política (e dos políticos) não é só quem você elege, mas as pessoas que assumem cada cargo, cada posto de trabalho e que estão por trás de cada campanha. Muitos deles contam apenas com a indicação política e nenhuma competência para função. É aí que as propostas de campanha começam a definhar, momento em que o eleitor é deixado de lado e o loteamento político dos cargos acontece.

Escolher um candidato para votar é mais complexo do que se imagina, pois os interesses por trás e os marqueteiros pela frente criam verdadeira ilusão de ótica onde nem tudo é o que parece. Antes da eleição ocorre a disputa pelos cargos, depois a luta para que aqueles que assumiram o poder não sejam bem sucedidos e nessa insanidade política quem perde é a população que passa a margem de tudo isso.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Fundos de pensão perdem R$ 26 bilhões

A crise financeira que abalou os mercados financeiros em todo mundo está longe de apagar suas seqüelas, mas nunca devemos esquecer que os prejuízos só devem ser computados se as ações forem vendidas, caso contrário é aguardar para que tudo volte ao normal. É desta maneira que a perda de mais de 26 bilhões dos fundos de pensões está sendo encarada pela Abrapp (Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Privada). E tem lógica, pois os recursos dos fundos de pensões são investidos com perspectiva de longo prazo (pelo menos 5 anos), assim sendo ganham os investidores, perdem os especuladores.

Se você tem ações e acredita que perdeu dinheiro, leia a notícia abaixo, e entenda a lógica do mercado, mas é inevitável dizer "aguenta coração".


Notícia: Fundos de pensão perdem R$ 26 bilhões

Os fundos de pensão brasileiros já perderam R$ 26 bilhões neste ano por causa da desvalorização do mercado financeiro, puxada pelo agravamento da crise financeira internacional. Segundo a Abrapp (Associação Brasileira de Entidades Fechadas de Previdência Privada), as aplicações dos fundos renderam no primeiro semestre abaixo da meta atuarial do ano. É a primeira vez em cinco anos que as carteiras dos fundos de pensão rendem menos que o definido pelo governo.

Um balanço feito pela Abrapp mostrou que a rentabilidade média das carteiras dos fundos foi de 4,71% no primeiro semestre -abaixo dos 7,35% estipulados para este ano. Segundo o presidente da entidade, José de Souza Mendonça, a meta atuarial era de 11,47% em 2007. E a rentabilidade média dos fundos foi de 25,88%, quando as instituições tiveram superávit de R$ 77 bilhões.

Apesar da perda dos fundos este ano com o mercado financeiro, o presidente da Abrapp afirma que a crise não é preocupante para os fundos de pensão. Ele lembra que os investimentos destas instituições são de longo prazo e a maioria dos fundos brasileiros vão maturar, ou seja, pagar mais benefícios do que receber, em uma ou duas décadas.

"A queda na Bolsa de Valores não nos preocupa. Temos uma fotografia de agora que fica muito feia, com essa perda de R$ 26 bilhões. Mas isso foi compensado com os ganhos dos anos anteriores", afirmou Mendonça à Folha.

Ele lembra que as perdas no mercado financeiro contabilizadas pela instituição são apenas com investimentos em ações, as chamadas marcações a mercado. Isso não inclui as empresas em que os fundos tem participação majoritária ou direito a voto no conselho de administração. "A aplicação de recursos dos fundos de pensão não são exploratórias. Nossas aplicações em Bolsa são de longo prazo."

Do total de recursos dos fundos de pensão, 37% estão aplicados em ações. Esse número é relativamente alto porque inclui a Previ (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil), o maior investidor institucional do país. Se excluída a Previ, apenas 17% dos recursos dos fundos estão em ações e 20% em títulos do governo.

Mendonça diz que os investidores de fundos de pensão não precisam se preocupar com a quebradeira dos bancos nos EUA, porque os fundos de pensão brasileiros são proibidos de aplicar recursos no exterior.

Fonte: Dr. Previdência

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Carga tributária chega a 37,3% das riquezas do Brasil

Nem a extinção da famigerada CPMF conseguiu derrubar a crescente escalada da arrecadação tributária sobre a riqueza do país. Hoje o Governo abocanha 37,3% de toda a riqueza gerada cabendo aos governantes a decisão de como gastar tal dinheiro.

Não é difícil perceber que todo esse dinheiro fosse bem aplicado poderia tirar realmente o Brasil do “terceiro mundo” ou como queiram do ranking dos países em via de desenvolvimento, mas infelizmente a corrupção instalada em todas as esferas do poder impede que isso aconteça no ritmo necessário.

Um ditado popular diz que “existe muito mais mistérios entre o céu e a terra do que pode pensar tua vã filosofia”, por isso, gostaria de fazer uma pergunta simples: o que leva um candidato a vereador a desembolsar um milhão de reais em uma campanha para vereador, sendo que durante os quatro anos do mandato vai receber em torno de quatrocentos mil reais (bruto)?

Quando estamos votando, estamos de fato assinando uma procuração para que os políticos administrem 37,3% das riquezas do Brasil (em sua devida proporção), elegendo prioridades e gastos, por isso lembrar o mau uso do cartão corporativo por membros do Governo é só uma maneira de alertar para a importância de cada voto e, principalmente, da escolha do candidato e de todos aqueles que estão por trás de cada campanha. Você não escolhe apenas um candidato, mas uma equipe para administrar a maior parte da riqueza gerada por todos nós. Pense bem antes de votar!


Leia na íntegra a matéria:

Movimentação Financeira (CPMF) não impediu que a carga tributária brasileira atingisse novos recordes.

No primeiro semestre deste ano, os brasileiros pagaram R$ 515,4 bilhões em impostos, taxas e contribuições aos governos municipais, estaduais e federal. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), responsável pelos cálculos, a carga de tributos cresceu mais de 1 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado, e tende a encerrar 2008 correspondendo a mais de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Pelas contas do instituto, cada brasileiro desembolsou, em média, R$ 2.717,93 para pagar tributos no primeiro semestre e, em todo o ano, deverá recolher quase R$ 5,6 mil.Em termos nominais, o volume arrecadado pela máquina pública foi 16% superior aos R$ 444,7 bilhões do primeiro semestre de 2007, segundo o IBPT. Mesmo descontando a inflação do período, a arrecadação cresceu 8,5% em termos reais – mais do que a expansão do PIB brasileiro, que foi de 6% entre janeiro e junho. “É natural que a arrecadação de tributos cresça quando a economia cresce. Mas, como sempre, a arrecadação avança num ritmo mais rápido”, diz o presidente do IBPT, Gilberto Luiz Amaral. “Isso ocorre por causa da cumulatividade do sistema tributário brasileiro, no qual os tributos incidem sobre outros tributos, provocando o chamado efeito cascata.”Quando cresce o emprego formal, por exemplo, aumentam as contribuições previdenciárias – que, por sua vez, fazem parte da base de outros tributos, como o PIS e a Cofins. “O crescimento da arrecadação de um tributo automaticamente alavanca a arrecadação de vários outros. É por isso que, sempre que a economia nacional acelera, a arrecadação acelera mais. E quando a economia desacelera, a arrecadação desacelera em ritmo mais lento”, explica o tributarista.Sem CPMFDos R$ 515,4 bilhões repassados pelos contribuintes ao setor público, R$ 25,7 bilhões (5% do total) ficaram com os municípios e outros R$ 134,3 bilhões (26%) engordaram os caixas estaduais. O governo federal abocanhou a maior fatia, de 69%, levando cerca de R$ 355,4 bilhões – quase R$ 50 bilhões a mais que no mesmo período do ano passado.Aparentemente a CPMF não fez tanta falta quanto o presidente Lula e vários ministros alardearam no ano passado, quando a contribuição foi derrubada pelo Congresso. Na ocasião, o governo afirmou que não teria condições de abrir mão dos R$ 40 bilhões anuais representados pelo chamado “imposto do cheque”.Uma das medidas do Executivo federal para compensar o fim do tributo já começou a dar resultado. A arrecadação do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) – que teve sua alíquota elevada no início do ano – quase triplicou, saltando de R$ 3,7 bilhões no primeiro semestre de 2007 para R$ 9,7 bilhões nos seis primeiros meses de 2008, de acordo com o IBPT.

Fonte: Gazeta do Povo

Preconceito Financeiro: BESC retira cheque especial de aposentado

J.S.A., 78 anos, aposentado, ex-funcionário do BESC, correntista do banco desde 1975 (há 33 anos), com uma vida financeira impecável, sempre honrou suas contas e nunca teve o nome envolvido no SERASA ou no antigo CPC e ainda conta com considerável patrimônio. Foi acometido de um acidente vascular cerebral há cinco anos tendo por seqüela uma dificuldade motora em uma das pernas, deslocando-se por este motivo com o auxilio de uma bengala, portanto, parcialmente dependente devido a um problema de locomoção. Atualmente uma de suas filhas foi designada como procuradora junto ao BESC, para facilitar, por exemplo, a entrega de talões de cheque tendo em vista que, diferentemente de outros bancos mais eficientes e com equipamentos mais modernos, o BESC fornece talões apenas na agência de origem do correntista.

Resumindo: o atendimento inicial foi mau feito, os registros das informações foram feitos de forma incorreta, o Sr. J.S.A. foi colocado como inválido, pois não existia a alternativa parcialmente dependente, e a procuradora foi informada que o cheque especial seria eliminado porque o Sr. J.S.A. tem uma procuradora, colocando em cheque a honestidade da própria procuradora. Observando que quando questionados sobre o motivo da retirada do cheque especial falaram que era norma, porém ao pedir cópia dessa norma a conversa mudou.

Enfim hoje o caso foi resolvido, pois o Sr. J.S.A. fez valer seu direito através do bom atendimento da funcionária Ana Olivia e do Gerente Nelsinho da Agência Álvaro de Carvalho do BESC, localizada na rua de mesmo nome, o cheque especial foi restabelecido, mas convenhamos que esse bom atendimento teria que ser norma e não exceção.

Eu pergunto: E aqueles aposentados que já não tem forças para lutar pelos direitos ou não tem alguém para intervir será reservado à política do preconceito não pelos antecedentes financeiros do cliente e sim pela idade?

NOTA:
Posso falar sobre isso, pois o Senhor J.S.A. é meu pai e sofreu na pele o preconceito da idade. Restabelecer o cheque especial foi só uma maneira de fazer prevalecer o direito sobre medida arbitrária e financeiramente incoerente. Lamento pelos idosos que não terão a mesma sorte e por pessoas que não conseguem enxergar o dia de amanhã em suas próprias vidas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Negociação Salarial pior do que nos tempos da ditadura.

Nos últimos meses um assunto vem me intrigando. Apesar do avanço da democracia no Brasil algumas categorias profissionais vêm sendo completamente ignoradas pelo poder público na hora da negociação dos reajustes salariais. Se durante a ditadura militar as negociações trabalhistas praticamente não existiam, hoje estão aí, mas nem todos os trabalhadores têm acesso, uma ditadura velada por um discurso democrático.

Em relação ao Governo Federal o maior exemplo foi o descaso com os profissionais da Receita Federal, órgão que garante os recordes de arrecadação, com profissionais preparados, qualificados e concursados, cuja passagem pela função vai além dos trinta anos, ao contrário de qualquer pessoa eleita ou que passa a comandar estes órgãos por simples indicação política. Não me refiro aqui apenas a um, mas a todos aqueles que ascendem as funções temporariamente por questões de indicação política e passagem de um determinado partido pelo poder.

O que mais me intriga em relação é o fato do Brasil estar sendo administrado por um partido político que foi um dos grandes responsáveis pelo avanço da democracia no Brasil e da valorização dos trabalhadores. Vale aqui não um julgamento do mérito da questão, mas como estes profissionais foram desrespeitados em relação à própria negociação salarial, uma questão de incoerência histórica.

Já o exemplo aqui em Santa Catarina é dado pelo descaso com os funcionários ligados a agricultura. Engenheiros agrônomos da Secretaria da Agricultura, CIDASC e EPAGRI já estão em estado de greve pelo que consideram como “Um desmando e um desrespeito sem precedentes na história das negociações salariais dos Engenheiros Agrônomos”. Afinal quem não tomaria uma atitude diante do atual quadro relatado pelo SEAGRO-SC (Sindicato dos Engenheiros Agrônomos de Santa Catarina) :

• São mais de 150 dias sem negociador oficial.
• Várias audiências e reuniões agendadas e depois desmarcadas pelo Governo.
• Cláusulas do ACT 2007/08 ainda não cumpridas.
• Secretários da Fazenda, da Articulação e da Administração se negando a receber os sindicatos e desautorizando o Secretário da Agricultura e os presidentes da Epagri e Cidasc a negociar.

Esse quadro deveria preocupar o Governo que deveria estar sensível as reivindicações da categoria, afinal a agricultura de Santa Catarina é exemplo para o Brasil e para o mundo, posto que é fruto do trabalho incansável desses agrônomos e dos demais funcionários da agricultura, e certamente nem sempre recebe a colaboração daqueles que estão apenas de passagem nos cargos comissionados.

E nem o município foge a regra. Durante a campanha eleitoral aqui em Florianópolis, pesquisa do IBOPE levantou que a principal preocupação da população é com a saúde. Os candidatos saíram logo atacando o setor como prioritário em suas plataformas de governo, porém, no entanto não ouvi nenhuma proposta sobre a melhoria para os funcionários do setor. Lembrando que o melhor atendimento a população depende também da valorização profissional. Sem falar no grave erro de avaliação e planejamento, pois todos apontam o atendimento dos postos de saúde como o grande vilão, mas de fato o que Florianópolis enfrenta é a falta de 400 leitos hospitalares, ou em outras palavras, a construção de um novo hospital.

Certamente muitos dos responsáveis irão colocar a culpa na lei eleitoral que proíbe o aumento salarial durante o período de seis meses antes das eleições, mas isso é só um paliativo para a falta de eficiência administrativa para tomada de decisão ou simplesmente a prática das prioridades na agenda dos políticos, o que indica a diferença clara entre discurso político e ação administrativa.

Nota:

A pior conseqüência desse descaso é que quando o salário começa a incomodar os funcionários é sinal que muita coisa já esta errada em outras esferas, coincidência ou não, tanto na Receita Federal quanto na Agricultura em Santa Catarina escândalos recentes vem abalando a moral desses funcionários. Os funcionários perdem a motivação e a sociedade acaba perdendo profissionais extremamente dedicados a função e aos resultados das organizações.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alerta ao Consumidor: O preço da Gasolina pode variar mais de 23% em Santa Catarina

O preço dos combustíveis sempre atinge diretamente o bolso do consumidor e no caso de Santa Catarina é um problema que persiste. Aqui no Estado o preço da gasolina pode variar mais de 23%, ou R$ 0,532 por litro. O menor preço mínimo é cobrado em Itajaí, R$ 2,279 e o maior preço é cobrado em São Miguel do Oeste R$ 2,811, os municípios tem respectivamente o preço médio de R$ 2,433 e de R$ 2,515 o que indica que tanto os moradores de um quanto de outro tem que continuar atentos e pesquisando para encontrar os postos que vendem com um preço menos inconveniente ao bolso.

Em Florianópolis a briga de consumidores com as bombas de gasolina e o preço dos combustíveis é antiga e ao longo do tempo tem surtido resultados. O município ficou na média, os preços já não são os mais altos, mas também estão longe de serem os mais baixos. A variação no preço da gasolina por aqui pode chegar a quase 9% ou R$ 0,199, o menor preço mínimo é de R$2,400 e o maior é de R$2,599.

Florianópolis deixou também de ocupar o topo das capitais com o preço da gasolina mais alto país, posto agora ocupado por Porto Alegre, mesmo assim estamos longe do menor preço mínimo de Curitiba que é de R$2,290 e o de São Paulo que pasmem vocês é de R$ 2,127 ou 12% mais barato que o menor preço cobrado em Florianópolis e 32% em relação ao preço mais alto da gasolina vendida em São Miguel do Oeste.

Cabe destacar aqui que, em termos de preço de combustível, Itajaí é o porto seguro para os consumidores, pois lá estão os menores preços da gasolina, álcool, diesel, GNP e GLV.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

MERCOSUL mais próximo de uma integração financeira

Mais um importante passo para o aprofundamento das relações do Brasil com a Argentina foi dado hoje. Vinte e dois anos após a assinatura do primeiro acordo bilateral os bancos centrais dos dois países assinaram um acordo que beneficia comércio regional. A partir de outubro importador e exportador poderão receber em moeda local pelas transações realizadas, eliminando os custos cambiais e fixando margens mais realistas para a negociação, já que os preços serão fixados em moeda local eliminando inclusive os riscos de variação no câmbio de uma terceira moeda (neste caso o dólar). A medida tende a ser estendida para os outros países-membros num segundo momento. A história de um mercado comum é feita com discurso e vontade política, mas é inegável que é no âmbito das ações que ele ganha forma e fortalece a economia regional.

Abaixo segue o informe do Banco Central do Brasil sobre o assunto



Bancos centrais do Brasil e da Argentina assinaram hoje Convênio que estabelece as regras gerais de operação do Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML)

Brasília – Os bancos centrais do Brasil e da Argentina assinaram hoje Convênio que estabelece as regras gerais de operação do Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML). Pelo novo sistema, importadores e exportadores na Argentina e no Brasil poderão pagar e receber pelas transações comerciais em suas respectivas moedas.

O aprofundamento do mercado real-peso, a redução de entraves nas transações comerciais entre os dois países e o acesso de pequenos e médios exportadores são os principais objetivos da iniciativa.

Inicialmente, poderão ser transacionadas no âmbito do SML as operações relativas ao comércio de bens entre os dois países de prazo até 360 dias. As despesas e serviços relacionados ao comércio de bens (por exemplo: frete e seguro) também poderão ser pagos nas moedas dos dois países.

Com a eliminação de uma terceira moeda nas transações diretas entre as empresas, o exportador, ao fixar o preço da exportação na moeda de seu país, deixará de ficar exposto a variações nas taxas de câmbio e terá a certeza de que receberá exatamente o valor negociado na sua moeda, o que confere mais segurança no cálculo dos seus custos.

Pelos termos do convênio, as instituições bancárias que tenham Conta de Reservas no Banco Central poderão ser habilitadas a operar no sistema. Não é pré-requisito que a instituição seja autorizada a operar no mercado de câmbio.

As facilidades e o menor custo deverão tornar mais atrativos o uso voluntário do novo sistema. Não haverá contrato de câmbio e a única alteração para os exportadores brasileiros será a necessidade de o registro da operação ser expresso em reais. Ademais, toda a documentação exigida atualmente para se pactuar uma operação se mantém.

As operações poderão ser contratadas tendo como base uma taxa de câmbio negociada com as instituições financeiras ou a própria taxa SML. A taxa SML será calculada com base nas cotações real-dólar (PTAX) e peso-dólar (taxa de referência argentina) e divulgada diariamente na página do Banco Central do Brasil após o fechamento dos mercados brasileiro e argentino. A liquidação financeira das operações feitas no SML ocorrerá em três dias úteis (d+2).

Fonte: Banco Central do Brasil

sábado, 6 de setembro de 2008

ACENDEU O SINAL VERMELHO NA UNIVALI

Lamento profundamente o que está acontecendo com a UNIVALI e a demissão em massa dos profissionais que lá trabalham. Também fui professora desta Universidade.

O grande problema é que a educação no Brasil se tornou um negócio, mas com muitos problemas na execução, ou seja, a educação também tem que gerar lucro e assim alguns cursos são criados para atrair o interesse dos "clientes", um verdadeiro comércio, mas sem sustentabilidade interna para a voraz concorrência do mercado. Esse tema me preocupa há algum tempo, pois em algum momento esse castelo construído sobre a areia começaria a desabar.

Como costumo dizer em minhas palestras: por trás dos números existem pessoas e essas pessoas têm história de vida, de dedicação ao trabalho e não se resumem a um lote nem a uma lista de demissões.

Abaixo segue informações na íntegra.



Comissão de Educação promove audiência pública sobre Univali

O Tribunal de Contas de Santa Catarina foi sede, na noite de ontem (4), de uma audiência pública para tratar das demissões em massa que estão acontecendo na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A audiência foi uma proposição do deputado Sargento Amauri Soares (PDT) e contou com a presença de representantes de organizações sociais, sindicatos, Poder Judiciário, membros do corpo docente e alunos da instituição.

Nos últimos meses, dezenas de docentes e funcionários foram dispensados pela reitoria da Univali. A estimativa é de que 600 trabalhadores serão demitidos até o final do semestre. No ano passado a universidade já havia dispensado 400 profissionais de seu quadro de servidores. Além das demissões, existe a possibilidade de fechamento de dois campi, de Piçarras e São José, e o cancelamento de bolsas de iniciação científica.

Criada em 1968, inicialmente como uma Autarquia Municipal de Educação e Cultura da cidade de Itajaí, em 1970 a instituição foi transformada em Fundação de Ensino do Pólo Geoeducacional do Vale do Itajaí (Fepevi). Posteriormente, em 1989, a fundação tornou-se a Universidade do Vale do Itajaí. Segundo o professor Geraldo Barbosa, presidente da Associação dos Docentes do Ensino Superior de Santa Catarina (Adessc), o patrimônio da universidade foi montado por doações e subsídios públicos e de início era praticamente gratuita, cobrando apenas taxas simbólicas. “No entanto, contrariando sua origem e condição de coisa pública, por força da Constituição e da Lei que a criou como Fundação Municipal, houve um processo tácito de privatização, reforçado por uma modificação estatutária ilegítima, senão ilegal, que cria uma ficção jurídica, declarando que esta fundação pública possui personalidade jurídica de direito privado.”

Crítica idêntica fez o desembargador Lédio Rosa de Andrade, que rotulou como um recorrente erro na história brasileira a apropriação de bens públicos pelo interesse privado. “As fundações educacionais são um exemplo extremo desse equívoco recorrente. As autarquias municipais ganham personalidade jurídica de direito privado à deriva do Poder Legislativo.”

O desembargador Lédio, que atua na região de Tubarão, em recente representação à Promotoria de Justiça em caso semelhante envolvendo a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), foi enfático ao afirmar: “Uma fundação Municipal deve se submeter à fiscalização dos órgãos públicos. A Unisul padece de uma patológica dupla personalidade, pois, quando se trata de buscar dinheiro, incentivo, isenções, ela se apresenta como pública. Mas, quando se trata de prestar contas à sociedade, de gastar e de empregar, ela se diz privada. Às vezes ela é do povo: para pegar dinheiro. Às vezes ela é privada: para gastá-lo”.

Prestação de contas
A prestação de contas foi um dos assuntos mais abordados durante a audiência. Citando como exemplo a Unisul, o desembargador ressaltou que a receita da instituição é três vezes maior que a do município, concedendo ao reitor um poder equivalente, senão maior, que o do prefeito. “O Tribunal de Contas estipulou que só fiscaliza quando a universidade possui receita proveniente do município superior a 50%, contrariando norma expressa da Constituição Federal. Com essa proteção a instituição fica em posição confortável, capaz de arregimentar lideranças e tornando difícil desfazer o enlace entre os interesses privados, políticos e pessoais”, argumentou Presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Supeior (Andes), Ciro Teixeira Correia destacou que o problema da influência de entidades privadas em fundações públicas é nacional e já resultou em escândalos em diversos estados da federação. O presidente disse que “Santa Catarina é uma situação inusitada e a Andes está impedida de atuar sindicalmente no estado por conta de liminar da Justiça”.

Proponente do encontro, o deputado Sargento Soares se disse estarrecido com a forma como aconteceram as demissões na Univali e também com os contratos de trabalho submetidos aos trabalhadores. “É difícil imaginar que o ensino superior seja tratado de forma tão absurda, com professores recebendo por hora/aula, o que permite corte sistemático nos salários. É uma forma vil de tratamento, baseada no desrespeito aos direitos estabelecidos.”

Outro ponto destacado foi a condução antidemocrática da instituição. O secretário geral da Adessc, Mauri Antônio da Silva, lembrou que o artigo 169 da Constituição Estadual define que as instituições universitárias do estado deverão ter eleição direta para os cargos de dirigentes e, em seus 40 anos, isso nunca aconteceu na Univali. Mauri ainda afirmou que o caráter autoritário e antidemocrático fica evidente com a não participação de membros da diretoria em qualquer debate sobre os problemas identificados na Univali.

Representando a Federação dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino do Estado de Santa Catarina, Lúcio Darelli afirmou que as universidades privadas no Brasil só têm lucro inferior aos bancos e que a justificativa de crise no setor não cabe no caso da Univali. “O faturamento da Univali, em 2007, foi de 220 milhões de reais, mesmo assim existe um rombo de 25 milhões no caixa, uma evidente má versação de dinheiro. Para se ter um exemplo basta olhar para o caso do campus de Florianópolis, na SC-401, onde um prédio já existente teve salas de aulas adaptadas em seu último andar e custou, segundo fontes oficiais, quatro milhões de reais.”

Convidado a participar da audiência, o reitor da Univali, José Roberto Provesi, não compareceu, não mandou representante e não justificou a ausência.

Ao término das discussões foram definidos os seguintes encaminhamentos:
•moções de repúdio pelas demissões e pela imediata readmissão dos funcionários;
•busca de medidas junto à Assembléia Legislativa que contribuam para que o Tribunal de Contas imponha normas mais rígidas para a prestação de contas da universidade;
•exigir a intervenção do poder público municipal no sentido de assumir o controle imediato da fundação;
•promover a atuação conjunta das entidades e sua conseqüente mobilização;
•cumprimento da Constitição Estadual que prevê eleições diretas para reitor;
•propor ação coletiva de reintegração de todos os demitidos;
•encaminhar documento para a Organização Internacional do Trabalho (OIT) retratando as condições de trabalho na universidade; e
•instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do sistema Acafe. (Rodrigo Viegas/Divulgação Alesc)

Fonte: http://www.alesc.sc.gov.br/noticias/apresentanoticia.php

Deu a louca no PT?

Ontem assistindo TV pude ver um marco histórico para a vida política brasileira, pois um partido que militava ferozmente contra a privatização deu o braço a torcer, anunciou a privatização de dois aeroportos, mas a história não vai parar por aí e nem começou aí. Acredito que depois que Lula assumiu o poder os militantes do partido vivem na montanha russa e com um friozinho na barriga que é inevitável.

Aprenderam o caminho, a linguagem do poder, experimentaram a convivência com ternos bem cortados e grifes famosas, o sabor do champanha e viram que na realidade a privatização fez um bem enorme ao Brasil, a começar pela significativa melhoria do sistema telefônico. Antes da privatização telefone era objeto de desejo, mas era apenas para a chamada elite, depois da privatização passou a ser objeto de inserção social estando nas mãos das camadas mais pobres da população. Até catador de papel tem celular.

O que dói ainda aos ouvidos durante o horário eleitoral é o discurso ultrapassado que alguns candidatos, de alguns partidos políticos, que fazem referência ao burguês do século XVIII e os culpam pelas intempéries do mundo atual. Classificam de burguês os bem sucedidos trabalhadores ou empresários, que pagam impostos exorbitantes e que colaboram de forma decisiva para o desenvolvimento do país. Nesta lista existem aqueles que até merecem sinônimos não muito agradáveis, mas convenhamos o povo precisa também que a política se modernize, pois na classe “operária” também existem aqueles que apenas merecem o título de assalariados, pois rendem o mínimo necessário à manutenção do posto de trabalho.

Em suma, existem pessoas e estas devem ser respeitadas, pois a complexidade do sistema sócio-econômico assim exige. Até porque no desgastado discurso direita e esquerda também se confundem na história pós-ditadura militar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

II Empresas "altamente qualificada", porém burocrática e ineficiente com os clientes.

Quando alguns chefes tornam a empresa morosa e impedem os funcionários de pensar, eles também prejudicam a imagem da empresa junto aos clientes. A partir do princípio que “o chefe” é o centro das atenções e deve estar sempre no palco, aparecendo à custa de quem que seja, o cliente fica em segundo plano. Esse “chefe” nem tem claro qual a definição de cliente, não percebe que existem clientes internos e externos, e que esses vão muito além daqueles que compram os produtos ou serviços e que são de fato a possibilidade de expansão e crescimento da própria empresa.

Não raro quando nos dirigimos a uma Empresa com esse tipo de perfil temos a impressão que somos simplesmente indesejados. Geralmente os próprios recepcionistas da Empresas incorporam a arrogância do chefe e tratam as pessoas que ali chegam com tal indiferença que a pessoa se sente como o pior dos mortais. Não estou falando aqui de abordagens que realmente são inconvenientes, mas de pessoas que profissionalmente tem ligação com a empresa. Se a imagem é uma das principais conquistas de uma empresa no mercado, aqui ela começa a ser arranhada pela incoerência no atendimento aos clientes.

A empresa não se lembrará das pessoas que não receberam atendimento adequado, mas as pessoas que não foram tratadas adequadamente levarão essa informação ao mercado.

Empresa "altamente qualificada", porém burocrática e ineficiente com seus funcionários.

Na busca incessante por padrões de eficiência as empresas mergulharam em conceitos, em verticalização das linhas hierárquicas, porém se enrijeceram diante do principal valor dos seus funcionários: o poder de pensar. Quando me refiro à empresa, estou na realidade falando das pessoas e os complexos fatores que influenciam nas relações sociais e de trabalho que formam a dita cultura organizacional.

Para muitas organizações, o bom funcionário é aquele que executa suas tarefas, apenas isso. O funcionário que ousa pensar nem sempre é bem visto, torna-se uma ameaça funcional principalmente aos chefes inseguros e com visão restrita da empresa. Neste caso, pessoas que pensam a empresa de forma estanque e colocam sua função e atividade acima de qualquer outro pobre mortal, inclusive dos superiores donos ou acionistas da empresa, embora demonstrem o contrário. Pessoas que não valorizam a própria equipe, que normalmente falam da empresa e do trabalho na primeira pessoa: eu faço, eu mando, não consideram que a empresa é um emaranhado de atividades intercaladas, com relações internas e externas e que seu trabalho só será eficiente se sua equipe estiver empenhada na busca de resultados. O resultado é dele nunca da equipe. Quando é elogiado jamais faz referência à equipe.

Mas há é óbvio o problema de estarem vinculados a padrões errôneos sobre a própria personalidade, pois se acham extremamente democráticos (e cuidado esses são os chefes mais traiçoeiros), pois dizem que a porta da sala está sempre aberta para receber os funcionários, porém as tentativas de falar com o chefe são frustradas por problemas de agenda, nunca há horário vago, ou quando está disponível coloca em prática a audição seletiva, só ouve o que agrada ou interessa.

Dentro do mesmo perfil, tem o chefe “todo sorriso”, e este, costuma inclusive ultrapassar os limites do profissionalismo, trata os funcionários com “carinho”, coloca o mão no ombro, o funcionário parece membro da família, mas é outro que a qualquer sinal que o funcionário pensa pode passar a tratá-lo com total indiferença ou o que é pior, colocá-lo na geladeira, sem ascensão profissional, sem gratificações, e principalmente num cantinho isolado para não ofuscar o brilho dele: o chefe.

Estas pessoas pensam ser altamente qualificadas, porém demoram muito para tomar qualquer decisão, duplicam processos internos que poderiam ser facilmente resolvidos pelos subordinados. Lembre-se: são inseguras e não querem que os outros apareçam. O projeto ou a idéia só são bons se puder usar sem citar o autor (pobre funcionário!) é capaz inclusive de alterar graficamente o nome do autor pelo seu. Estas pessoas costumam apresentar as idéias aos superiores como se fosse própria e depois ainda ignoram aqueles que a conceberam.

Até hoje me pergunto como a cúpula administrativa não consegue ou não quer ver que esse perfil de chefe faz mal aos resultados da empresa. Acredito que mesmo que os resultados da empresa sejam bons poderiam ser muito melhores com chefes mais seguros e conscientes da realidade organizacional. Talvez a cúpula administrativa queira o mesmo que o chefe inseguro espera dos “seus” funcionários, ou seja, que o chefe também não pense, apenas execute as tarefas.

O funcionário quando se sente valorizado veste a camisa da empresa e quando não é se torna apenas mais um.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

O PAC e as mazelas do Orçamento Público

O PAC- Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal é o ideal para um país como o Brasil. Pensar o todo, anunciando investimentos em empreendimentos de abrangência regional nos eixos de infra-estrutura logística, energética, social e urbana, com abrangência local, fazendo referência aos investimentos nas unidades da federação e na esfera regional, levando-se em conta que pensar o todo e dar sincronia aos projetos são uma séria deficiência da administração pública no Brasil.

Exemplo prático disso pode ser visto em qualquer centro urbano: vem uma empresa pública e realiza o calçamento de uma via, alguns meses depois, outra empresa começa a perfurar o calçamento para colocar canos, e assim por diante. A iniciativa privada constrói um Porto em Navegantes e cadê as vias de acesso adequadas e a altura do investimento. E por falar do Porto de Navegantes talvez depois da visita do Presidente da FIESP ao Porto o Estado acorde para a importância estratégica e logística do empreendimento. O Beto Carreiro também penou para fazer o acesso ao parque que está entre os maiores do Mundo e que projetou o município de Penha no cenário mundial, mas que assim como o Porto de Navegantes, ainda é uma incógnita em Santa Catarina. Mania de valorizar os projetos além das fronteiras do Estado ou de descobrir o quanto são importantes a partir de uma visita externa. O projeto Sapiens Parque é outro exemplo, existe há anos mais só agora vão começar a sair do papel. Todos sem exceção projetos de Primeiro Mundo.

Poderia passar horas escrevendo sobre isso, mas o que importa agora é falar das mazelas do orçamento público. Ora, investimentos são anunciados, passam a fazer parte do orçamento, mas aí começam as mazelas. Quantas vezes aqui em Florianópolis ouvimos falar sobre a reforma da Ponte Hercílio Luz? A imprensa é uma vítima te tais anúncios. Muitos até anunciaram que seria possível utilizar a ponte como sistema de transporte novamente, mas são só anúncios do que passa a constar no orçamento. O que é anunciado chamasse rubrica, ou seja, um valor é colocado no orçamento, mas o dinheiro para que seja realizado não está garantido, vai depender de um jogo político para que o dinheiro seja liberado geralmente no ano seguinte. Muitas vezes o dinheiro é até liberado, mas não em sua totalidade, aí começa o desperdício do dinheiro. Mas como no Brasil o forte não é a memória...

Como tenho o espírito otimista gostaria imensamente que todos os anúncios referentes ao PAC fossem realizados. O Brasil precisa de investimento e a população de perspectiva real. Mas como já trabalhei no Governo na área técnica, posso falar que nem sempre o que parece é ou o que anunciado existe. Isso você pode verificar na prática e pesquisar nos jornais.

Cultura: 10 anos sem Zininho



Em 5 de Setembro de 1998 faleceu, no Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis, vítima de enfizema pulmonar, Cláudio Alvim Barbosa, o Poeta Zininho. Autor do Rancho de Amor à Ilha, Hino Oficial de Florianópolis, e de muitas outras canções que ajudaram a compor o cenário riquíssimo da história da música em Santa Catarina. Nada mais justo que render minhas homenagens e pedir que todos aqueles que se sentiram tocados pelo amor a esta terra ou a gente que aqui habita, faça desse dia um dia especial, não apenas para lembrar os 10 anos, mas os 69 que ele ficou por aqui. Afinal muitos amam essa terra, mas poucos conseguiram traduzir em palavras esse amor.

Cláudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho, foi um compositor brasileiro da música popular que dedicou sua vida à música e todas as suas vertentes na cidade de Florianópolis. Nasceu na localidade de Três Riachos, em Santa Catarina. Na infância, viveu no Largo 13 de Maio (atual Praça Tancredo Neves), tendo o antigo casario da rua Menino Deus e o Hospital de Caridade como vizinhos. Sua adolescência foi no continente, no balneário do Estreito. Desde jovem, foi atraído por atividades radiofônicas. Trabalhou nas rádios Diário da Manhã e Guarujá, onde fez de tudo um pouco: cantor, rádio-ator, sonoplasta, técnico de som e produtor.

Foi nesta época de ouro do rádio, nas décadas de 40 a 60, que compôs mais de cem músicas, de marchinha a samba-canção. Destacam-se "A Rosa e o Jasmim", "Quem é que não chora", "Princesinha da Ilha" e o "Rancho de Amor à Ilha". Mesmo com o declínio do rádio, enquanto veículo, continuou a gravar. Zininho recolheu-se em seu apartamento, no bairro continental do Abraão, principalmente depois da manifestação de um enfisema pulmonar, que o levou à morte no dia 05 de setembro de 1998. Outras composições de Zininho: "Eu sou assim", "O que seria de mim", "Num cantinho qualquer", "Jardim dos meus amores", "A Margarida e o Mal-me-quer", "Viva a Natureza", "É tão tarde", "Pra que negar", "Insônia", "Falta de você", "Saudade, meu bem, saudade", "Se o amor é isso", "Desespero", "Largo 13 de Maio", "Magia do Morro", "Você há de pagar", "Deixa a porta aberta", "Miramar", "Preconceito Racial", "Homenagem à Princesa".

O "Rancho de Amor à Ilha" música vencedora de um concurso de marchinhas promovido pela Prefeitura de Florianópolis em 1965, foi, alguns anos depois, transformado em Hino Oficial da Cidade de Florianópolis através de Projeto de Lei do ex-Vereador Waldemar Joaquim da Silva Filho, o “Caruso”.

Faleceu em 5 de setembro de 1998, em Florianópolis, vítima de insuficiência respiratória decorrente de uma enfizema pulmonar

- Hino Oficial de Florianópolis -

Rancho de Amor a Ilha

Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...
Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto pra cantar
Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.
Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar...

Quando a nossa cultura for valorizada e receber a importância que de fato tem, nós estaremos realmente preparados para nos transformar num País do Primeiro Mundo, viver em condições condizentes com a riqueza e exuberância desta terra e do nosso povo. Janine Alves

A Cultura também faz parte da Economia de um País

É só sair do Brasil que o perfil do brasileiro sofre significativa mudança. Saímos pelo mundo para conhecer pontos turísticos, mas, sobretudo para conhecer a cultura de outros povos. Conheço pessoas que já visitaram museus em várias partes do mundo, mas nunca entraram sequer uma vez no Museu Cruz e Souza na Praça XV de Novembro em Florianópolis. Digo isso, porque acredito que no Brasil a cultura deva receber um timbre econômico, pois gera emprego, renda e de quebra impostos para o Governo.

O fato é que no Brasil para conseguir apoio cultural você precisa de um canal de comunicação, ou seja, um “lobista” que conheça que e possa interferir junto de empresas e instituições para receber o tão almejado apoio financeiro ou logístico. Um bom projeto, uma excelente idéia apenas não basta. Falo isso, porque na próxima sexta-feira dia 05 de setembro fará 10 anos da morte do compositor do Hino de Florianópolis, Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, o projeto de um show não encontrou apoio, seja na iniciativa pública ou privada, espero que ele seja lembrado pelo menos na imprensa, já que na prática a imprensa tem sido a voz do povo e nesse caso o poeta fala das belezas de uma terra e da cultura de seu povo.

Num pedacinho de terra belezas sem par! Ilha da moça faceira, da velha rendeira tradicional Ilha da velha figueira onde em tarde fagueira vou ler meu jornal (Claúdio Alvim Barbosa) Trecho da Música Rancho de Amor a Ilha, Hino 0ficial de Florianópolis.

ENTREVISTA: VIAGEM AO EXTERIOR (Jornal Hoje/Globo)

http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/cartao-de-debito-pre-pago-e-boa-opcao-para-pagar-contas-em-viagens-ao-exterior/2541690/

DICAS DE ECONOMIA: ENDIVIDAMENTO E TAXA DE JUROS (BOM DIA SC

Participação Matéria do RBS Notícias (matéria de encerramento do telejornal)

Os cuidados com as crianças na hora de ir as compra (RBS Bom Dia SC)

Entrevista no Jornal do Almoço RBS TV SC: 13º salário

Como gastar o 13º Salário

Entrevista sobre Finanças Pessoais