segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sites que dão empréstimos pela internet chegam ao Brasil. Mas o Banco Central alerta que eles estão fora da lei

Os altos juros cobrados por cartões de crédito e cheque especial estão fazendo com que pessoas em busca de empréstimo rápido busquem sites de relacionamento que oferecem taxas mais baixas do que as realizadas pelo mercado. A ideia é simples: reunir num único lugar um cadastro com o perfil de várias pessoas que estão precisando de determinada quantidade de dinheiro. Desse modo, emprestadores escolhem a quem estão dispostos a oferecer seus recursos, cobrando juros menores dos que os das instituições financeiras. A atividade, recente no Brasil, parece ser vantajosa. Mas tanta facilidade pode ter um custo alto, já que o Banco Central alerta que essas redes sociais agem à margem da legislação.

Elas não estão credenciadas como instituições financeiras, diz o BC. É o caso do site Fairplace (www.fairplace.com.br), lançado há seis meses no país e que já conta com 14 mil pessoas cadastradas. A intenção é colocar milhares de indivíduos em contato. A rede social reúne pessoas interessadas em tomar recursos com outras interessadas em emprestar dinheiro. O principal motivo para que alguém ofereça dinheiro na internet é o lucro: um empréstimo de risco médio para outra pessoa garante um retorno de cerca de 3,2% ao mês em juros, algo que chega a ser mais vantajoso do que a poupança, o CDB e outros investimentos de renda fixa, aplicações que não pagam nem 1% ao mês.

Cadastro

Para conseguir um empréstimo que pode chegar a R$ 5 mil, o interessado deve preencher um longo cadastro em que informa seus dados pessoais e financeiros. Com as informações em mãos, o site pesquisa o histórico de cada candidato e o classifica numa escala de maior ou menor risco. A avaliação é feita pela empresa especializada em crédito Serasa Experian. O diferencial é que as taxas cobradas dos tomadores de crédito são decididas por meio de um leilão promovido pelos emprestadores. “Isso gera uma competição entre quem quer emprestar o dinheiro, fazendo com que as menores taxas sejam escolhidas”, explicou o diretor do site, Eldes Mattiuzzo.
Entre o cadastro e a liberação do empréstimo, há um prazo médio de 18 dias. Mattiuzzo afirma que o site incentiva o investidor a distribuir o dinheiro que deseja emprestar entre vários tomadores para diminuir o risco de calote. “Não damos garantia nenhuma”, lembra. “Apenas facilitamos o encontro entre as pessoas.”

Usuários reclamam

Para o Banco Central, esse tipo de atividade é ilegal e tem gerado vários questionamentos de consumidores, uma vez que os sites realizam empréstimos, mas não são credenciadas como instituições financeiras. Dessa maneira, toda operação que é feita por meio da rede de relacionamento acaba sem ser fiscalizada por um órgão competente.

A página de suporte do site deixa claro que a empresa não é regulada pelo Banco Central ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “Trata-se de uma sociedade prestadora de serviços de intermediação e captação de empréstimos entre particulares por meio virtual”, diz. “A Fairplace não faz qualquer tipo de concessão direta de empréstimos ou financiamentos. Apenas usamos nossa plataforma na internet para reunir as pessoas interessadas no negócios”, argumenta Mattiuzzo.

Mas o que o site ganha, então, promovendo esses encontros? A cada parcela recebida pelo emprestador, 2% ficam com o Fairplace. Já quem recebe o empréstimo tem que pagar uma comissão de 5% em um ano ou 8% em dois anos. Questionado sobre se a rede social pratica uma espécie de agiotagem dos novos tempos, Mattiuzzo foi incisivo. “De acordo com a lei, agiotagem é praticar juros acima do mercado. Nossa intenção é justamente a inversa, já que queremos reduzir as taxas para as pessoas que estão atrás de dinheiro”, aponta.

Em seis meses de vida, o site já mediou a negociação de 410 empréstimo que atingiram a marca de R$ 1,6 milhões. Além do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), o Correio procurou os Procons de Brasília e de São Paulo para levantar se houve queixas anotadas até o momento contra o site e os órgãos disseram que nada foi registrado. No entanto, recomendaram que os usuários tenham cautela com as promessas de juros muito baixas e que leiam com atenção os contratos firmados.

Fonte: Correio Brasiliense

O peso dos impostos e a burocracia criam custo extra de 43,85%

Não é fácil ser empresário, consumidor, etc, num país como o Brasil. Precisamos crescer, mas os impostos e a burocracia corroem as finanças e a paciência de qualquer um. O país precisa de reformas urgentes, tanto com relação a arrecadação quanto a transparência com os gastos, afinal o problema não é só pagar muito imposto, mas não ter o retorno adequado. O discurso é velho, mas a necessidade atual e urgente.


O peso dos impostos e a burocracia criam custo extra de 43,85%

O fortalecimento do real está longe de ser o único problema para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado global. Quando a moeda nacional estava desvalorizada, o Custo Brasil passava razoavelmente despercebido na vida das empresas, pois o câmbio acabava impulsionando as exportações. Com a continuidade da tendência de derretimento do dólar, apesar da recuperação de 2,58% na semana que passou, fatores como a alta carga tributária, a complexidade do sistema de cobrança de impostos e as dificuldades na logística, na infraestrutura e nos transportes de mercadorias voltaram a estrangular o setor produtivo.

Nos cálculos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), esses custos tornam produzir no Brasil 43,85% mais caro do que em alguns de seus principais concorrentes nas vendas de itens industrializados. As indústrias nacionais reclamam que, além de o muro que dificulta a conquista do mercado externo ter aumentado ao longo do tempo, elas passaram a enfrentar concorrência acirrada no próprio quintal. A despeito de virem de longe, os importados conseguem chegar aqui a um preço atraente para o consumidor, favorecido pela elevação da renda e pelo câmbio.
Com a guerra cambial inaugurada pelo derretimento do dólar e pela manutenção da moeda chinesa, o iuan, artificialmente desvalorizada, o abismo existente entre os custos de produção brasileiros e os do restante do mundo ficou evidente. Quando o dólar chegou ao fundo do poço, deixou de compensar as graves deficiências estruturais que fazem um produto nacional quase dobrar de preço, como os fretes caros necessários para compensar os prejuízos oriundos de estradas quase intransitáveis. De acordo com especialistas, por incrível que possa parecer, é mais barato enviar uma carga para a China, embarcada em navios, do que mandá-la em caminhões do Distrito Federal ao Norte do país, por exemplo.

Enquanto nos Estados Unidos e na Alemanha é possível fabricar um produto pelo equivalente a US$ 100, aqui esse mesmo item sairia por US$ 143,85, segundo a estimativa da Abimaq. O contraste entre os dois valores se deve ao impacto, do lado de cá, de impostos pesados, da burocracia exagerada e de outras amarras impostas ao setor produtivo. Comparado aos países asiáticos, como a China, que não respeita direitos trabalhistas, a diferença de preço entre as mercadorias orientais e as nacionais chega a ser de quase 100. Os empresários brasileiros estão submetidos a uma série de encargos sociais, que inflam a folha de pagamentos.

Dinamismo

"Em uma economia global, o dinamismo depende do câmbio. Essa desvalorização do dólar tem impactado a competição comercial. Antes, o dólar forte deixava os produtos brasileiros interessantes. Agora, não mais", afirma Haroldo Mota, professor de finanças da Fundação Dom Cabral. Ele e outros economistas ouvidos pelo Correio elencam diversos fatores que encarecem os produtos brasileiros. Entre esses elementos, o destacado por todos os especialistas como o mais grave é a carga de impostos. "A questão tributária inibe o exportador a agregar valor. Em uma cadeia produtiva longa, são cobrados muitos impostos. É menos oneroso exportar grãos do que óleo de soja", argumenta Flávio Castelo Branco, gerente da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Batalhão

A burocracia atrelada ao complexo sistema tributário brasileiro, que demanda uma estrutura de funcionários qualificados para desatar seus nós, também tem reflexos negativos sobre a receita das empresas. Um verdadeiro batalhão de administradores, contadores, advogados e burocratas tem de monitorar as despesas e receitas para não incorrer em sonegação fiscal, o que lhe pode custar uma visita pouco amistosa de um fiscal da Receita Federal ou da Secretaria de Fazenda. "É um exército pago pela iniciativa privada trabalhando em prol da máquina pública. São como funcionários públicos indiretos", critica Mota.

O estudo da Abimaq calcula o Custo Brasil com base em sete fatores. Cada um deles tem impacto sobre a receita líquida das empresas. A logística de transporte de cargas, por exemplo, é 1,90% mais pesado aqui do que nos Estados Unidos. A burocracia, outra questão considerada, demanda 0,40% das receitas. Os impostos sobre insumos básicos, 24,01%. Os tributos arrecadados na cadeia produtiva, somados aos encargos sociais e trabalhistas, 6,97%. Quando calculados todos os fatores que podem tornar o custo de produção mais caro, o empresário necessita desembolsar quase metade das receitas para quitar essas obrigações.

Sinais de deterioração

Em virtude das dificuldades tributárias e de infraestrutura, e do dólar em baixa, o presidente da Câmara Brasil-Alemanha, Weber Porto, endossa a afirmação do candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, de que o Brasil passa por uma "desindustrialização". O ministro da Fazenda, Guido Mantega, partidário da candidata petista, Dilma Rousseff, também se mostra preocupado com os sinais de deterioração da indústria, fenômeno conhecido como "doença holandesa". Apesar dos alertas, o assunto passou praticamente ignorado na campanha eleitoral.

Em encontro empresarial na sexta-feira, Porto disse que as companhias germânicas ainda têm interesse no Brasil, mas já avaliam se o país é realmente a melhor opção de investimento. O alto custo de produção e as taxas de juros salgadas para a produção, além da perda de competitividade com a valorização do real, atrapalham. Se esse pensamento se generalizar, os investimentos estrangeiros produtivos, que têm custeado o deficit das contas externas, vão começar a encolher.

A expectativa dos cerca de 100 analistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central é, porém, de que a entrada de recursos chegue a US$ 30 bilhões neste ano, subindo para US$ 38 bilhões em 2011. Para Flávio Castelo Branco, economista da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os "gargalos que emperram o desenvolvimento do setor produtivo precisam voltar ao centro do debate econômico". "Nos últimos anos, pouco se avançou nesses temas e, com essa questão do dólar, esses problemas estão estrangulando a indústria", alerta.

Fonte: Correio Brasiliense

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pausa para uma observação política...

A guerra na internet travada pelas equipes de apoio a Dilma e ao Serra me fazem perguntar: a campanha é para evidenciar as qualidades que os tornam aptos a assumir a Presidência do Brasil ou levar o eleitor a anular o voto?

E se pensarmos na frase "dize-me com quem andas que te direi quem és" a opção por um ou por outro se tornará ainda mais difícil.

ENTREVISTA: VIAGEM AO EXTERIOR (Jornal Hoje/Globo)

http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/cartao-de-debito-pre-pago-e-boa-opcao-para-pagar-contas-em-viagens-ao-exterior/2541690/

DICAS DE ECONOMIA: ENDIVIDAMENTO E TAXA DE JUROS (BOM DIA SC

Participação Matéria do RBS Notícias (matéria de encerramento do telejornal)

Os cuidados com as crianças na hora de ir as compra (RBS Bom Dia SC)

Entrevista no Jornal do Almoço RBS TV SC: 13º salário

Como gastar o 13º Salário

Entrevista sobre Finanças Pessoais