terça-feira, 21 de junho de 2011

Custo Brasil: um peso nos ombros de quem produz...



O assunto é velho, muito velho, mas o impacto é sentido todos os dias. As ineficiências que tiram a competitividade do país, são praticamente as mesmas que sustentam as desigualdes sociais e impedem o Brasil de dobrar o PIB por habitante. Essa foi a conclusão de um pesquisa fresquinha da LCA Consultores: "Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário, que exige 2.600 horas por ano das empresas só para pagar impostos, dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade". Bem! Isso eu aprendi quando cursei ciências econômicas, mas é difícil de acreditar é que em pleno século XXI, na Era do Conhecimento, ainda existam carroças circulando no meio de grandes cidades e "pangarés" atrapalhando o desenvolvimento do Brasil.


Custo Brasil não deixa PIB dobrar

O Brasil poderia mais que dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, dos atuais US$ 10 mil para US$ 21,6 mil, e atingir níveis de países como Coreia do Sul e Portugal, se reduzisse as ineficiências que tiram a competitividade do País, aponta estudo da LCA Consultores. "Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário, que exige 2.600 horas por ano das empresas só para pagar impostos, dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade", diz o economista responsável pelo estudo, Bráulio Borges.

Para chegar a essa conclusão, Borges identificou, com base em análises estatísticas, quais são os fatores cruciais para o deslanche da competitividade e constatou seis pontos fracos que pesam no PIB per capita. Além da conhecida falta de infraestrutura, estão nesse rol o tempo gasto pelas empresas para pagar impostos, a carga tributária sobre o lucro das companhias, o tempo para fazer valer o cumprimento dos contratos, o custo para exportar e o tempo para lidar com licenças em geral.

O economista explica que, para calcular o PIB per capita "perdido" pelo Brasil, levou em conta informações disponíveis do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Fórum Econômico Mundial para um grupo de 131 países. Concluiu que, se o Brasil tivesse indicadores para esses seis quesitos equivalentes à media desse grupo de países, conseguiria agregar US$ 11,6 mil ao PIB per capita anual.

Tempo

As 2.600 horas por ano que as empresas brasileiras gastam para cumprir o rito da burocracia no pagamento de impostos faz do País o campeão mundial nesse quesito, ante uma média 284 horas para esse grupo de 131 países. Essa ineficiência reduz em US$ 8,1 mil o PIB per capita do Brasil em relação à média dos 131 países, destaca Borges.

Apesar de não ter essa ineficiência traduzida em números, as empresas sentem na prática o impacto da burocracia. A fabricante de autopeças Bosch, por exemplo, tem dois departamentos só para isso, conta a gerente de tributos da empresa, Sheila Pieroni. No departamento tributário, 11 funcionários acompanham diariamente com lupa as mudanças na legislação nos 27 Estados brasileiros para adequar o sistema de recolhimento de impostos da companhia às mudanças.

"Sendo bem otimista, saem dez novas legislações por dia nas quais são alteradas as formas de tributação do produto", conta a advogada. Ela diz que o trabalho aumentou depois da implantação da substituição tributária, sistema que atribui aos fabricantes a responsabilidade pelo pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido pelo seu cliente. "Antes acompanhávamos a legislação de três Estados, onde estavam localizadas as fábricas."

Além do departamento tributário, a empresa tem um departamento fiscal. É uma equipe de quase 50 pessoas encarregadas de apurar os tributos. Sheila conta que uma mesma informação - por exemplo, o valor recolhido de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - é remetida à Receita Federal de quatro formas diferentes: eletronicamente, por meio do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped); em papel, que é a nota fiscal; na Declaração de Tributos Federais, que é mensal e na declaração de Imposto de Renda, anual.

O excesso de burocracia pesa também no Grupo Orsa, um dos gigantes do setor de embalagens de papelão. Sergio Amoroso, presidente do grupo, diz que tem pelo menos 30 pessoas nas áreas contábil, de controladoria e jurídica só para cuidar da burocracia. "Poderia ter meia dúzia de pessoas se fosse outro país. É gente que é paga para cumprir o custo burocrático do Estado ineficiente", afirma.

O empresário cita como exemplo de ineficiência o fato de a sua empresa ter de manter um hospital, o serviço de bombeiros, de abastecimento de água e de coleta de lixo em Monte Dourado, distrito de Almeirim, no norte do Pará, na divisa com o Amapá, onde a companhia tem uma fábrica de celulose.

Licenças

Outro ponto que impacta negativamente a competitividade do País é o tempo para lidar com licenças em geral. De acordo com o estudo, são 411 dias no Brasil, ante 210 dias, que é a média dos 131 países. "Há licenças no Brasil que são absurdas", diz Amoroso. Para ilustrar a afirmação, ele conta o caso do linhão que vai levar energia elétrica da usina de Tucuruí, no Pará, até Macapá, no Amapá. Segundo o empresário, a empresa que ganhou a licitação conseguiu a licença do Ibama para fazer a limpeza da área. Agora é preciso outra licença para transportar a madeira. "Olha o absurdo: falta uma licença de algo que já está autorizado."

Profissionais que lidam diretamente com a questão das licenças ambientais admitem que um "cipoal" de exigências e a falta de definição de áreas de competências entre os organismos públicos atrasam as liberações. Mas eles ponderam que grande parte dos estudos ambientais não tem a atualidade necessária para atender aos projetos, na maioria das vezes complexos.

Fonte: O Estadão Online

‘Miseráveis entre miseráveis’



Pelo menos 10,5 milhões de brasileiros vivem na miséria. Homens, mulheres e crianças em total situação de risco. Por um lado a falta de recursos pode sim empurrar estas pessoas para a criminalidade, muitas até vão reconhecer esta alternativa como única, por outro, outros irão tentar resistir bravamente ao apelo do crime, mas quase que a totalidade não sairá desta situação sozinho.

Mas é o outro lado da estatística que pode fazer brotar as soluções. Precisamos de governos mais eficientes, políticos engajados com o bem público e com os cidadãos, assessores tecnicamente preparados para administrar as soluções, mas também entidades, empresas, ONG's, OCIP's, a imprensa, funcionários públicos (sim porque estes são capazes de acompanhar passo a passo o que acontece), enfim pessoas engajadas e capazes de cobrar a efetividade dos mandatos públicos.

O homem público "esta no cargo", mas são as pessoas, estando ou não estatisticamente na condição de miseráveis, que continuarão na penúria se as ações forem tímidas, sofrerem a descontinuidade dos mandatos e tiverem que dividir espaço com a corrupção e o superfaturamento de obras públicas. A miséria afeta os miseráveis, mas também a segurança pública em um país que vive uma guerra civil não declarada.

A responsabilidade é nossa...



‘Miseráveis entre miseráveis’, mais de 10 milhões vivem com R$ 39

Uma população estimada em 10,5 milhões de brasileiros - equivalente ao Estado do Paraná - vive em domicílios com renda familiar de até R$ 39 mensais por pessoa. São os mais miseráveis entre 16,267 milhões de miseráveis - quase a população do Chile - contabilizados pelo governo federal na elaboração do programa Brasil sem Miséria. Lançado no dia 3 de maio como principal vitrine política do governo Dilma Rousseff, o programa visa à erradicação da miséria ao longo de quatro anos.

Dados do Censo 2010 recém-divulgados pelo IBGE que municiaram a formatação do programa federal oferecem uma radiografia detalhada da população que vive abaixo da linha de pobreza extrema, ou seja, com renda familiar de até R$ 70 mensais por pessoa - que representam 8,5% dos 190 milhões de brasileiros. A estimativa dos que sobrevivem com até R$ 39 mensais per capita é a soma dos 4,8 milhões de miseráveis que moram em domicílios sem renda alguma e 5,7 milhões de moradores em domicílios com rendimento de R$ 1 a R$ 39 mensais. Estima-se que outros de 5,7 milhões vivem com renda entre R$ 40 e R$ 70 mensais por pessoa da família.

Os números calculados pelo Estado são aproximados e levam em conta o número médio de 4,8 moradores por domicílio com renda familiar entre R$ 1 e R$ 70 mensais.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social com base no Censo 2010, há 4 milhões de domicílios miseráveis no País. Em 1,62 milhão desse total vivem famílias que não têm renda. Em 1,19 milhão de moradias a renda familiar é de R$ 1 a R$ 39 mensais per capita e em outro 1,19 milhão as famílias vivem R$ 40 a R$ 70.

Fonte: O Estadão Online

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Risco Brasil é menor que risco EUA pela 1ª vez




É isso mesmo! Hoje é um dia para marcar a agenda econômica brasileira, pois há bem pouco tempo atrás, entre 2002 e 2003 o risco de investir no Brasil beirava os 2.500 pontos, agora chega a inacreditável marca de 42 pontos e abaixo do risco nos Estados Unidos (49 pontos). Por um lado, isto abre a perspectiva de novos investimentos, aumenta a entrada de dólar no país e torna mais barato os produtos importados mas, por outro lado, faz cair ainda mais a cotação do dólar, impactando diretamente na industria na competitividade do produto de brasileiro no exterior (que chega lá fora mais caro, porque o real fica valorizado). Mas entre os benefícios e as conseqüências, prefiro acreditar que este é um importante passo, pois aumentará também a responsabilidade dos governantes para manter esta nova realidade. E a cobrança para isto não será apenas interna, mas de todo o mercado investidor mundial.

Para maiores informações leia:


Entenda por que o risco de investir no Brasil está menor

Medida beneficia consumidor porque produto importado fica barato e incentiva concorrência

Raphael Hakime, do R7

O ministro Guido Mantega disse nesta quarta-feira (15) que o risco de se investir no Brasil, pela primeira vez, está menor que aplicar grana nos Estados Unidos. O risco, no entanto, só é menor para os casos de investimentos no curto prazo. Para chegar a esta conclusão, Mantega levou em conta o CDS (Credit Default Swap) ou swap de default de crédito.

Esse termo com nome complicado nada mais é que um seguro que um investidor contrata na hora de aplicar dinheiro em outro país. Se houver uma pane na economia desse determinado país, a empresa que fez o CDS paga o que o investidor aplicou, explica o economista Silvio Campos Neto, da Consultoria Tendências.

- [O CDS] é um seguro de uma dívida, é um custo de seguro de dívida. O mercado usa esse tipo de contrato para que o comprador do papel de um país ou uma empresa não corra risco em caso de um problema de crédito, ou seja, um default. Então, alguém compra um papel da dívida brasileira e, se não quiser correr o risco de o país sofrer uma moratória, paga um prêmio para uma empresa que oferece esse seguro e fica com a garantia em relação a qualquer evento.

Campos Neto explica que existem CDS de vários prazos - um, dois, cinco ou dez anos. Na última terça-feira (14), o CDS do Brasil recuou para 42 pontos no prazo de um ano, contra o custo de 49 pontos base para proteção da dívida dos EUA em um prazo equivalente. O economista explica que uma indefinição política nos Estados Unidos causou o aumento do custo do seguro por lá.

- No caso do CDS de um ano dos Estados Unidos, esse custo subiu um pouco nos últimos dias por conta da preocupação com a ampliação do teto da dívida do país. Não houve um consenso no Congresso e o que se especula é que o Tesouro local só tem até o início de agosto para honrar os compromissos. Ou seja, seria ampliado esse teto da dívida [para depois de agosto]. Esse impasse da ampliação ou não do teto da dívida deixou o seguro mais caro.

O economista da Tendências afirma que os CDSs mais longos – sobretudo o de cinco anos de duração - são mais usados pelo mercado para assegurar uma dívida. Mesmo assim, ele reconhece que o custo do seguro do Brasil deixa o país com fama ainda melhor no mercado internacional.

- Esse indicador é um bom critério [para avaliar o risco Brasil]. Esse custo de assegurar a dívida dá uma medida direta do que o mercado avalia em caso de risco de um evento de crédito. Nesse caso, dá para dizer, grosso modo, que, no período de um ano, o mercado está vendo um risco menor no mercado do Brasil do que no dos Estados Unidos, por conta especificamente do caso do limite da dívida.

Como isso muda sua vida?

Essa redução do risco para aplicações no Brasil pode ser benéfica para o consumidor, sobretudo quando ele quiser comprar um bem produzido em outro país, explica o economista.

- Fica mais barato consumir bens da economia que envolvem algum item importado, seja aqueles diretamente importados ou os bens produzidos aqui com insumos importados. Para o consumidor é bom porque ele tem produtos mais baratos e de boa qualidade. Isso gera concorrência e não se consegue aumentar tanto os preços dos produtos feitos aqui.

Outra consequência possível é o aumento da entrada de dólares no país, que ficou mais atrativo para os investidores estrangeiros. Mesmo assim, a redução do CDS no Brasil é uma resultado do fluxo cambial para o país, diz economista.

- Mais dólares entram aqui e esse fato visualizado hoje é uma consequência e o Brasil se beneficiou disso. Por isso que o consumo no Brasil pode subir tanto nos últimos anos. O real ficou mais forte e a renda em reais aumentou o poder de compra e melhorou o bem-estar da sociedade.

Esse possível fluxo maior de dólares para o Brasil deve repercutir na indústria, que abomina a entrada da moeda estrangeira em massa por aqui. Isso porque, com mais dólares disponíveis, maior a competitividade dos produtos estrangeiros por aqui. Ao mesmo tempo, as mercadorias brasileiras perdem espaço no mercado internacional, já que chegam mais caras lá.

Esse cenário pode se refletir no mercado de trabalho porque a indústria pode deixar de investir no setor e, consequentemente, reduzir as contratações e afetar o mercado de trabalho brasileiro.

Fonte: http://noticias.r7.com/economia/noticias/entenda-por-que-o-risco-de-investir-no-brasil-esta-menor-20110615.html?question=0

ENTREVISTA: VIAGEM AO EXTERIOR (Jornal Hoje/Globo)

http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/cartao-de-debito-pre-pago-e-boa-opcao-para-pagar-contas-em-viagens-ao-exterior/2541690/

DICAS DE ECONOMIA: ENDIVIDAMENTO E TAXA DE JUROS (BOM DIA SC

Participação Matéria do RBS Notícias (matéria de encerramento do telejornal)

Os cuidados com as crianças na hora de ir as compra (RBS Bom Dia SC)

Entrevista no Jornal do Almoço RBS TV SC: 13º salário

Como gastar o 13º Salário

Entrevista sobre Finanças Pessoais