Taxa "promocional" de cartão chega a 285% ao ano
Tem cartão de crédito se especializando em brincar com o consumidor. Na cobrança da fatura, manda uma carta adicional dizendo que, como você é um "cliente especial", vai poder parcelar sua conta com uma taxa "promocional de juros". E qual é essa taxa? 285,4% ao ano. Isso mesmo, 285,4% ao ano ou 11,90% ao mês. Ou seja, eles cobram em um único mês quase o juro básico da economia, a Selic, para um ano inteiro. A fatura de pouco mais de R$ 580, se financiada, sai por nada menos que 5 vezes de R$ 144,49. Ou seja, pagará R$ 722,45 ou 23,6% a mais do que o valor inicial para quitar seu débito. Se optasse pelo crédito consignado, em seis meses, com juros de 0,92% da Caixa, pagaria prestações de R$ 119,00, ou R$ 595,05 no total do financiamento. O valor é 17,6% inferior ao se parcela no cartão de crédito.Dessa forma, é preciso que os devedores procurem trocar dívidas com juros abusivos, como cheque especial, rotativo de cartão e empréstimos em financeiras, por outras com juros menores.
Restituição - Uma alternativa para quem tem Imposto de Renda a receber e não possui restituições pendentes de liberação na Receita Federal é antecipar esses recursos. Quase todos os bancos oferecem a linha de crédito. O mínimo para a antecipação do crédito é de R$ 200 e algumas instituições, como o Santander, Bradesco e Caixa antecipam até 100% do valor da restituição do imposto.
Os juros variam de 2,25% a 4% ao mês, bem inferiores aos cobrados em outras operações de financiamento pessoal. Lembre-se também de que sua restituição é corrigida pela Selic integral, ou seja, os juros a serem pagos são ainda mais baixos. Supondo-se a Selic anual prevista pelos economistas de 12% em 2007, seu dinheiro será corrigido em 0,95% ao mês, reduzindo os juros cobrados pelos bancos para menos de 2% ao mês. Em uma dívida de R$ 5 mil no cheque especial, você pagaria juros mensais de quase R$ 400 apenas para não ver a débito crescer. Se não pagar nada até o final do ano, restando sete meses, o débito chegaria a R$ 8,6 mil. Agora, se você tem uma restituição com esse mesmo valor e optar por antecipá-la, sua dívida no final do ano seria de R$ 5,94 mil, bem inferior à do cheque especial. E lembre-se de que sua restituição é corrigida mensalmente pela Selic. Ou seja, se tiver R$ 5 mil a receber, no final do ano teria cerca de R$ 5,34 mil. Pagaria apenas R$ 600 de juros, menos do que dois meses de cheque especial.
Consignado - Outra alternativa indicada é o crédito com desconto em folha de pagamento. Os juros são de 0,92% a 2,72% ao mês, variando conforme o prazo, de 6 a 30 meses para os aposentados do INSS, mas já chegam a 72 meses para outras categorias com pagamento pela Caixa Econômica, como servidores públicos, nesse caso, os juros são de 1,85% a 3,19% ao mês. Pesquise entre os bancos, porque alguns cobram o teto de 2,72% para aposentados, até em empréstimos de 6 meses. Você pode pedir também para algum parente aposentado ou pensionista para fazer o empréstimo e paga as prestações. A análise das taxas é feita no próprio site do INSS, no endereçohttp://www.inss.gov.br/pg_secundarias/paginas_perfis/emprestimo_consignado_01.asp
Um empréstimo de R$ 2 mil em 12 vezes, por exemplo, teria prestações mensais de R$ 182,5, com taxa de 1,7% ao mês, e você pagaria R$ 2,19 mil no total do crediário. Já o cheque especial cobra juros de 142,6% ao ano, ou 7,67% ao mês, segundo o Banco Central. Assim, você teria de pagar R$ 242,3 todo mês para zerar a dívida em um ano e desembolsaria R$ 2,91 mil, mais de 30% acima do crédito consignado, ou R$ 700. Portanto, é importante pegar um empréstimo com desconto em folha para pagar outras dívidas e reduzir o crescimento do débito.
Refinanciamento - Outra opção interessante, sobretudo para dívidas de maior valor, seria o refinanciamento de veículos. Nesse caso, você consegue até 80% do valor carro, paga seu débito e fica com prestações fixas com juros de cerca de 2% a 3% ao mês e em até 24 vezes. Vale lembrar que inclusive veículos alienados podem ser refinanciados. O banco credita o dinheiro, você paga o financiamento antigo e refinancia o valor recebido por um prazo maior.
Imagine, por exemplo, que você tem uma dívida de R$ 15 mil no cheque especial e um carro de R$ 20 mil. No cheque especial, com juros médios de 8%, seu débito cresceria R$ 1,2 mil ao mês. Ou seja, você precisaria pagar isso todo mês, apenas para a dívida não aumentar. Para zerar esse rombo em 36 meses. precisaria desembolsar nada menos que R$ 1,28 mil, religiosamente, fora taxas. Pagaria R$ 46,08 mil no total.
Se refinanciar parte do seu carro e receber os R$ 15 mil, pagará a dívida do cheque especial. Supondo a taxa de 1,89% ao mês, terá 36 prestações de R$ 578,00, menos da metade do que precisaria para pagar no cheque especial. Nessa opção, o gasto total é de R$ 20,81 mil. Se usar a taxa de 3% ao mês, do Citibank, por exemplo, pagaria R$ 24,73 mil, no total, bem menos que no cheque especial mas bem acima do juro mais baixo oferecido.
Penhor - Outra modalidade muito recomendada é o penhor de jóias na Caixa Econômica Federal. A operação tradicional tem taxas de 2,10 % ao mês, para empréstimos de até R$ 300 e 2,88 % ao mês, para empréstimos acima deste valor. Os prazos variam de 1 e 120 dias. O limite mínimo de empréstimo é de R$ 50 e o máximo, de R$ 50.000. O empréstimo corresponde a 80% do valor de avaliação o bem. Já o micropenhor se destina a quem não possui saldo médio mensal em conta corrente ou aplicação financeira acima de R$ 1.000 na Caixa ou em outros bancos. O empréstimo é limitado a R$ 600, com taxa de juros de 2% ao mês e prazo máximo para pagamento de até 120 dias.
Se você tem uma dívida de R$ 2 mil no cheque especial, por exemplo, teria de pagar mensalmente cerca de R$ 299 para quitá-la em dez meses. No cheque especial, o dispêndio seria ainda maior, de R$ 295,4, o que faria o débito total subir para R$ 2,95 mil. Se optar pelo penhor, seus pagamentos seriam de cerca de R$ 540,00 ao mês, ou R$ 2,17 mil. É uma diferença grande, de 26,4%. Quanto maior o prazo, maior a diferença.
Jayme Alves
Da equipe do DiárioNet
Publicada em: 18/6/2007
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Orçamento Doméstico
Use jóias para equilibrar o orçamento
A linha de penhor da Caixa Econômica Federal bateu recorde em maio. Foram emprestados R$ 425,56 milhões em 750 mil contratos, o que representa um acréscimo de 11,5% em relação ao valor médio de aplicação mensal do ano de 2006. Desde janeiro, foram emprestados R$ 2 bilhões em penhor, sendo R$ 187 milhões em micropenhor. O volume é 12,1% maior em relação ao mesmo período em 2006, quando foram emprestados R$ 1,78 billhão, com a realização de 3,4 milhões de contratos. A Caixa tem disponíveis R$ 6,5 bilhões para aplicação em penhor. Os prazos de contratação são de 1 a 120 dias. O limite mínimo de empréstimo é de R$ 50 e o máximo, de R$ 50 mil. O empréstimo corresponde a 80% do valor de avaliação do bem. Neste mês, a Caixa reduziu a taxa de juros do penhor para 2,1% mensais, para as faixas de até R$ 300 e 2,88% ao mês acima desse valor. Já o micropenhor se destina a quem não possui saldo médio mensal em conta corrente ou aplicação financeira acima de R$ 1.000 na Caixa ou em outros bancos. O empréstimo é limitado a R$ 1.000, com taxa de juros de 2% ao mês e prazo máximo para pagamento de até 120 dias, em múltiplos de 30 dias. Essa linha de crédito representa 20 % dos contratos concedidos na operação de penhor e 13,4% no volume de dinheiro emprestado em relação à operação tradicional. O valor médio de empréstimo é de R$ 238. Para realizar uma operação de penhor é preciso ter em mãos o documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do bem que será penhorado. Não há exigência de avalista nem cadastro, já que a jóia é a garantia do crédito.Perfil - O penhor de jóias é usado na maioria das vezes para o pagamento de dívidas pessoais (70% dos entrevistados). As mulheres são a maioria dos clientes (74%), 55% delas na faixa etária dos 35 a 50 anos.É uma excelente alternativa para trocar dívidas com juros elevados, como cheque especial, rotativo do cartão e empréstimos em financeiras. Se você tem uma dívida de R$ 2 mil no cheque especial, por exemplo, teria de pagar cerca de R$ 299 por mês para quitá-la em dez meses. No cartão de crédito, o dispêndio seria ainda maior, de R$ 324,5, o que faria o débito total subir para R$ 3,25 mil. Se optar pelo penhor, seus pagamentos seriam de cerca de R$ 233,00 ao mês, ou R$ 2,33 mil. É uma diferença grande, de quase 30% sobre o valor a ser pago no cartão de crédito. Quanto maior o prazo, maior a diferença. Portanto, corra para reduzir o débito.
Jayme Alves
Da equipe do DiárioNet
Publicada em: 20/6/2007
A linha de penhor da Caixa Econômica Federal bateu recorde em maio. Foram emprestados R$ 425,56 milhões em 750 mil contratos, o que representa um acréscimo de 11,5% em relação ao valor médio de aplicação mensal do ano de 2006. Desde janeiro, foram emprestados R$ 2 bilhões em penhor, sendo R$ 187 milhões em micropenhor. O volume é 12,1% maior em relação ao mesmo período em 2006, quando foram emprestados R$ 1,78 billhão, com a realização de 3,4 milhões de contratos. A Caixa tem disponíveis R$ 6,5 bilhões para aplicação em penhor. Os prazos de contratação são de 1 a 120 dias. O limite mínimo de empréstimo é de R$ 50 e o máximo, de R$ 50 mil. O empréstimo corresponde a 80% do valor de avaliação do bem. Neste mês, a Caixa reduziu a taxa de juros do penhor para 2,1% mensais, para as faixas de até R$ 300 e 2,88% ao mês acima desse valor. Já o micropenhor se destina a quem não possui saldo médio mensal em conta corrente ou aplicação financeira acima de R$ 1.000 na Caixa ou em outros bancos. O empréstimo é limitado a R$ 1.000, com taxa de juros de 2% ao mês e prazo máximo para pagamento de até 120 dias, em múltiplos de 30 dias. Essa linha de crédito representa 20 % dos contratos concedidos na operação de penhor e 13,4% no volume de dinheiro emprestado em relação à operação tradicional. O valor médio de empréstimo é de R$ 238. Para realizar uma operação de penhor é preciso ter em mãos o documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além do bem que será penhorado. Não há exigência de avalista nem cadastro, já que a jóia é a garantia do crédito.Perfil - O penhor de jóias é usado na maioria das vezes para o pagamento de dívidas pessoais (70% dos entrevistados). As mulheres são a maioria dos clientes (74%), 55% delas na faixa etária dos 35 a 50 anos.É uma excelente alternativa para trocar dívidas com juros elevados, como cheque especial, rotativo do cartão e empréstimos em financeiras. Se você tem uma dívida de R$ 2 mil no cheque especial, por exemplo, teria de pagar cerca de R$ 299 por mês para quitá-la em dez meses. No cartão de crédito, o dispêndio seria ainda maior, de R$ 324,5, o que faria o débito total subir para R$ 3,25 mil. Se optar pelo penhor, seus pagamentos seriam de cerca de R$ 233,00 ao mês, ou R$ 2,33 mil. É uma diferença grande, de quase 30% sobre o valor a ser pago no cartão de crédito. Quanto maior o prazo, maior a diferença. Portanto, corra para reduzir o débito.
Jayme Alves
Da equipe do DiárioNet
Publicada em: 20/6/2007
sábado, 16 de junho de 2007
Vida...
sexta-feira, 15 de junho de 2007
Início
A terra produz o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar sua produção (Evangelho Segundo o Espiritismo p. 269).
Quando entendermos o verdadeiro significado da vida, entenderemos também o significado desta frase aparentemente simples, mas de difícil compreensão para os corações endurecidos por sentimentos puramente materialistas. Veremos que o equilibrio entre as forças econômicas e a ganância dos homens não levará os ricos a miséria, mas os miseráveis a condições melhores de vida.
Quando entendermos o verdadeiro significado da vida, entenderemos também o significado desta frase aparentemente simples, mas de difícil compreensão para os corações endurecidos por sentimentos puramente materialistas. Veremos que o equilibrio entre as forças econômicas e a ganância dos homens não levará os ricos a miséria, mas os miseráveis a condições melhores de vida.
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