segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A crise pode ter chegado ao “fundo do poço”.

É verdade! A crise pode ter chegado literalmente ao fundo do poço, neste caso aos possíveis poços oriundos das reservas da camada do pré-sal brasileiro.

Anunciada como a maior descoberta da Petrobrás dos últimos a exploração pode estar com os dias contados se o atual cenário persistir, isto porque uma queda no preço da commodity abaixo dos 60 dólares o barril pode inviabilizar as perfurações.

A BOVESPA caiu pelo 5º dia consecutivo fechando a 29.435 pontos e as ações da Petrobrás fecharam hoje em inimagináveis R$ 17,84 (PETR4) e R$ 21,56 (PETR3), contrariando severamente a tendência de alta vivenciada pelo menos nos últimos cinco anos.

Abre aspas: o petróleo foi e ainda é fonte de grandes disputas internacionais, fonte de poder, motivo de guerra e dizimação e agora com a queda acentuada nos preços como ficará a distribuição de forças sobre o planeta?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Valor de mercado de empresas negociadas na BOVESPA despencou 58% desde maio.

É isso mesmo, desde que crise do mercado americano aportou no mercado acionário brasileiro, o valor de mercado das empresas despencou 58% em dólar em relação ao final de maio.

A PETROBRÀS que chegou a ser a terceira empresa das Américas chegou a valer 300 bilhões de dólar agora conta com uma desvalorização de 60%, valendo pouco mais de 112 bilhões de dólares. A VALE por sua vez tinha o valor estimado no mercado de 200 bilhões e ontem fechou cotada a 68,2 bilhões de dólares.

A queda dos valores das ações foi provocada principalmente pela saída do capital estrangeiro no país que começou perder nas duas pontas, pela queda no valor das ações de um lado e pela valorização do dólar, tendo em vista que para repatriar o capital teria que obrigatoriamente ir ao mercado da cambio; movimento que acelera ainda mais o processo de valorização da moeda diante do real e aprofunda as perdas. Por isso a “intervenção” do Banco Central colocando dólares no mercado tem sido uma das principais ações para tentar conter o avanço da crise no mercado brasileiro.

Por outro lado, fica evidente o paralelo que existe entre o mercado financeiro e o mercado produtivo, pois as empresas que sofreram o impacto da desvalorização de suas ações estavam em acelerado processo de expansão e acompanhando (ou até mesmo superando) o crescimento do mercado brasileiro, a exemplo das empresas da construção civil e mesmo da PETROBRÁS e da Vale.

Outra coisa que me faz pensar para quem entrou na bolsa e está amargando com as perdas no extrato é uma estratégia de recuperação mais rápida, ou seja, tão logo o mercado demonstre menor volatilidade (o que seria em termos práticos: no acomodar das melancias) a compra de ações desvalorizadas, pois assim que o mercado retome o movimento natural a valorização as ações compradas no período de baixa proporcionaria a queima mais rápida das “perdas” durante esse momento de crise.

Mas como diria David Ricardo (um clássico da economia) difícil é prever quando isso acontecerá; observando que ele próprio fez fortuna no mercado de ações. Assim como o Ayrton Senna fazia na fórmula 1 é necessário segurar ao máximo o tempo de freada antes da curva e depois ser o primeiro a acelerar no final da curva, isto significa na prática reconhecer o abismo quando ele está chegando e enxergar o fundo do poço quando esta embaixo dos nossos pés, uma habilidade que requer riscos.

Valor de mercado de empresas negociadas na BOVESPA despencou 58% desde maio.

É isso mesmo, desde que crise do mercado americano aportou no mercado acionário brasileiro, o valor de mercado das empresas despencou 58% em dólar em relação ao final de maio.

A PETROBRÀS que chegou a ser a terceira empresa das Américas chegou a valer 300 bilhões de dólar agora conta com uma desvalorização de 60%, valendo pouco mais de 112 bilhões de dólares. A VALE por sua vez tinha o valor estimado no mercado de 200 bilhões e ontem fechou cotada a 68,2 bilhões de dólares.

A queda dos valores das ações foi provocada principalmente pela saída do capital estrangeiro no país que começou perder nas duas pontas, pela queda no valor das ações de um lado e pela valorização do dólar, tendo em vista que para repatriar o capital teria que obrigatoriamente ir ao mercado da cambio; movimento que acelera ainda mais o processo de valorização da moeda diante do real e aprofunda as perdas. Por isso a “intervenção” do Banco Central colocando dólares no mercado tem sido uma das principais ações para tentar conter o avanço da crise no mercado brasileiro.

Por outro lado, fica evidente o paralelo que existe entre o mercado financeiro e o mercado produtivo, pois as empresas que sofreram o impacto da desvalorização de suas ações estavam em acelerado processo de expansão e acompanhando (ou até mesmo superando) o crescimento do mercado brasileiro, a exemplo das empresas da construção civil e mesmo da PETROBRÁS e da Vale.

Outra coisa que me faz pensar para quem entrou na bolsa e está amargando com as perdas no extrato é uma estratégia de recuperação mais rápida, ou seja, tão logo o mercado demonstre menor volatilidade (o que seria em termos práticos: no acomodar das melancias) a compra de ações desvalorizadas, pois assim que o mercado retome o movimento natural a valorização a ações compradas período de baixa as “perdas” seriam queimadas mais rapidamente. Mas como diria David Ricardo (um clássico da economia) difícil é prever quando isso acontecerá; observando que ele próprio fez fortuna no mercado de ações.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Tarifa bancária aumenta 463%! A incorporação do BESC mal começou e os absurdos já estão aparecendo.

Os clientes do BESC agora vão ter que encarar a realidade, a incorporação do BESC mal foi concretizada e as mudanças começaram e estão atingindo em cheio o bolso dos clientes.

Um caso específico me chamou a atenção, o aumento de 463% na tarifa cobrada para débito automático dos sócios de uma Associação de Funcionário de uma empresa pública com sede em Florianópolis, é isso mesmo, a taxa cobrada era de R$0,54 (cinqüenta e quatro centavos) e passou para R$2,50 (dois reais e cinqüenta centavos) por associado. A princípio pode parecer pouco, mas isso significa que o BESC/BB abocanhará praticamente 18% do faturamento da associação só com esta tarifa.

Ao seu questionado sobre uma solução para o problema o Gerente do BESC da Agência da Trindade falou que não adianta reclamar e sugeriu que o aumento fosse repassado aos associados; o que implicaria num aumento de 18% nas mensalidades por conta do aumento de uma única tarifa bancária. Aumento difícil de justificar até para os sócios mais compreensivos.

Outra solução indicada pelo Gerente foi à redução da tarifa mediante a manutenção de uma aplicação financeira de no mínimo R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), outro fato incompreensível devido à impossibilidade de uma associação sem fins lucrativos nos padrões da que estamos falando ter tal montante.

Mal o processo de incorporação começou e o BESC/BB já está esnobando os clientes. Os bancos concorrentes que fiquem de olho, pois se as coisas continuarem assim muita gente vai querer mudar de Banco.

A aplicação na Bolsa é o melhor investimento a médio e longo prazo...

Assisti ao programa Canal Livre da Bandeirantes ontem a noite, estavam lá Delfim Neto, Joelmir Betin, Mitre e outros falando da Crise e do Mercado Financeiro.

O entrevistado principal era o Delfin, mas o Betin participou quase que ratificando e complementando o que o Delfim falava.

Vamos ao que eles falaram:

- Foi perguntado ao Delfim quando a crise iria acabar. O Delfim de forma irônica e até cômica disse que as crises duram + ou – 20 meses e fez alguns esclarecimentos: o tal mercado financeiro tem uns 250 anos e crises já acorreram várias, umas 46 crises......a crise vem dura uns 20 meses aproximadamente e depois se normaliza até a próxima crise.

- O que vc pensa das agencias de classificação? Sabem o mesmo que nós ou menos, os bancos são seus clientes, servem de sustentação ao sistema, a agencia classifica o próprio cliente, o banco, banco americano que faliu tinha classificação AAA, ou seja, excelente classificação, será que uma agência vai desclassificar um banco que é seu cliente?

- A aplicação na Bolsa é o melhor investimento a médio e longo prazo, não tem nada melhor.

Coisas do capitalismo

Por Eliakim Araújo,
jornalista (*)


Quem pensa que já viu tudo em matéria de ganância e especulação que levaram o sistema financeiro mundial ao colapso em que se encontra hoje, ainda vai ter muita surpresa. À medida em que são abertas as caixas pretas dos bancos falidos, estão aparecendo gigantescos trambiques praticados pelos 'gênios do mal' do mercado financeiro. Gente com título de MBA que ganha para pensar como enganar o próximo e enriquecer desonesta e rapidamente.

O Lehman Brothers, por exemplo, um dos mais confiáveis e tradicionais bancos norte-americanos, que entrou com pedido falência há três semanas, fechou, mas deixou uma imensa conta para as seguradoras.

A história é deixar qualquer um de cabelo em pé. Descobriram que os ativos do banco estavam segurados por um instrumento financeiro chamado CDS (credit-default swaps) , um contrato de seguro destinado a cobrir as perdas dos bancos se determinadas obrigações não fossem cumpridas. Em outras palavras, o banco comprava um seguro para se proteger contra devedores que falhassem no pagamento de hipotecas ou outros tipos de empréstimo.

De posse do tal CDS, o banco emitia e vendia títulos com a maior facilidade. Claro, qualquer investidor sai feliz da vida quando compra um papel garantido por uma apólice de seguro, não é mesmo? Só que o CDS se espalhou como uma praga no mundo inteiro. E desonestamente. Uma mesma apólice segurava mais créditos do que o contratado. Como se fosse uma pirâmide.

Certamente, o leitor deve estar perguntando: mas e a fiscalização, não fez nada?
Nada, pois o próprio Christopher Cox, o chefão da SEC (Securities and Exchange Commission), equivalente no Brasil ao presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), ou seja o homem encarregado de regular e fiscalizar o mercado, se declarou chocado com a 'descoberta'. Ele estima que o volume dessas operações deve chegar a US$ 58 trilhões no mundo inteiro. Só o Lehman tem créditos com as seguradoras estimados entre 400 e 600 bilhões de dólares. Um dinheiro que não existe e ninguém tem condições de pagar. Muito menos as seguradoras que participaram de um jogo sem nenhuma regulamentação, vendendo um tipo de seguro completamente fora das práticas legais e usuais do mercado. Para a SEC eram operações invisíveis, que não podiam ser fiscalizadas.

Coisas do capitalismo, quando poucos saem ricos e ilesos dos golpes, deixando na mão milhões de vítimas.

(*) Artigo publicado no site Direto de Redação, editado em Miami (EUA).

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Crise não é recessão, porém toda recessão tem origem numa crise prolongada.

A recessão é caracterizada pela retração da atividade econômica e o que preocupa ao mundo hoje são os dados da economia americana que estão apresentando retração há pelo menos nove meses, no caso da construção civil a retração naquele país começou junto com a crise em fevereiro do ano passado, ou seja, a temida recessão: cai o nível da atividade econômica, menos produção, cai o nível de emprego, cai renda, conseqüentemente, cai o consumo, caindo o consumo, cai à produção e assim sucessivamente.

Como os Estados Unidos representam cerca de 25% do giro econômico do planeta, este processo atinge outros países, uns mais e outros menos e reverter esse ciclo é muito difícil e requer tempo, a exemplo dos ânimos no mercado financeiro: é necessário uma notícia contundente para puxar a alta das bolsas de valores pelo mundo, mas a qualquer expectativa ruim as cotações despencam. A recessão puxa para baixo a economia e todas as expectativas.

A volatilidade do mercado financeiro é o reflexo de todo o processo de insegurança que aos poucos vai se alastrando pela economia produtiva. Ainda é difícil prever o futuro e um tempo de duração para a crise, mas é certo que o quadro recessivo já se estabeleceu em alguns países. A divulgação de indicadores e do desempenho do mercado financeiro está frustrando ainda mais as expectativas e deixando a população com medo nos quatro cantos do planeta. As reações no momento são claras o medo leva as pessoas a adiarem seus sonhos de consumo mais caros e a compra de imóvel, do carro novo, ou de outros bens de maior valor agregado são adiadas, na expectativa de melhora do quadro, tendência que é natural e agrava ainda mais a crise.

Embora para muitos o atual momento pareça estar pautado no “chutômetro” tendo em vista a dificuldade de se prever um retorno a normalidade, a teoria econômica confere uma análise detalhada dos ciclos econômicos e ao que parece estamos ladeira abaixo, pois é inegável reconhecer que a crise começou com uma apunhalada no coração do capitalismo. Não que o sistema econômico possa mudar, mas as novas alternativas começarão a aparecer a partir desta crise que já tomou proporções mundiais. A crise também gera oportunidades e vamos ver até que ponto o Brasil ainda pode ser o país do futuro.

domingo, 12 de outubro de 2008

OCDE prevê expansão da economia brasileira, apesar da crise.

Acredito que neste momento de crise e com a possibilidade concreta da disseminação de notícias negativas aprofundarem ainda mais a gravidade do atual cenário, toda notícia positiva deva ser valorizada. Neste caso específico, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), informou que o Brasil é único país, dentre os 34 analisados, que apresenta perspectivas de crescimento para os seis próximos meses, um tempo para respirar.

Aliado a esta informação está o fato da movimentação financeira na BOVESPA ter batido recorde histórico em outubro, ultrapassando os R$ 1,02 trilhões, demonstrando que tão logo sejam revertidas as expectativas catastróficas sobre a economia mundial a BOVESPA responda com certa velocidade através da valorização dos ativos.

Lembrando ainda que (se for bem explorada) a informação da OCDE poderá atrair capital para o mercado financeiro mesmo em tempo de crise, pois afinal o Brasil tem perspectivas de crescer e o colapso na bolsa por aqui não tem nada a ver com o desempenho econômico das empresas: Petrobrás está em expansão, assim como a Vale e todas as empresas da construção civil (cito neste caso por serem as que mais sofreram com a desvalorização das ações).

As informações confirmam o que acredito ser o mais importante no momento: agir com cautela, porém dentro da normalidade, pois a crise atingirá os países de forma diferente e as pessoas também. Lembrando que em termos de finanças pessoas muita gente já esta em crise há muito tempo com dívidas em financeiras, cartão de crédito, cheque especial uma situação de risco que independe das notícias atuais, confirmando a tese inicial.


LEIA O ARTIGO ABAIXO PARA ENTENDER A IMPORTÂNCIA DA INFORMAÇÃO

OCDE prevê expansão da economia brasileira, apesar da crise

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Dos 34 países pesquisados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil foi o único a registrar perspectivas de crescimento para os próximos seis meses. Diretamente afetados pela crise financeira internacional, os países do G7, grupo que concentra as sete economias mais desenvolvidas do mundo, passarão por uma fase de enfraquecimento.

As conclusões são do Indicador Composto Avançado (CLI, na sigla em inglês), divulgado hoje (10) pelo organismo internacional. De acordo com a OCDE, o Brasil saiu-se melhor até que outros países emergentes. Os dados apontaram que a atividade econômica na China, Índia e na Rússia também desaquecerá.

Elaborado para detectar sinais de viradas no ciclo econômico, o CLI baseia-se em indicadores de movimentos de curto prazo ligados ao Produto Interno Bruto (PIB). O nível de 100 pontos serve como referência para classificar o nível de atividade econômica.

Caso determinado país tenha registrado menos de 100 pontos no mês anterior e o índice continue em queda, a OCDE avalia que a economia está em “forte desaceleração”. Na zona do euro, o indicador caiu de 94,2 para 93,2. Nos países do G7, a queda foi de 96,5 para 95,6. No acumulado de 12 meses, o indicador para o G7 teve baixa de 5,2 pontos.

Se o país obtiver alta sobre um índice superior a 100, a atividade econômica é classificada como “em expansão”. No caso do Brasil, o CLI subiu de 107,3 para 108,3, alta de um ponto de um mês para outro e de 3,4 pontos em relação ao mesmo mês do ano passado.

Com indicadores acima de 100 pontos no mês anterior, a China e a Rússia fecharam o mês passado em queda, com o índice em 101,4 e 99,3, respectivamente. Por isso, a OCDE classificou os dois países como “em inversão para baixo”.

No caso da Índia, a queda foi de 7,1 pontos em relação ao mesmo mês de 2007. Como o país, conforme os últimos dados disponíveis, já estava abaixo de 100 pontos, o organismo internacional classificou a atividade econômica como em desaceleração.

O CLI mostra as inflexões para as respectivas economias num período de até seis meses após a divulgação do indicador.

A OCDE é uma organização internacional de países comprometidos com os príncipios da democracia representativa e da economia de livre mercado, com sede em Paris.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Crise, Pânico e Informação.

Mais um dia de pânico no mercado internacional. As bolsas despencam mundo a fora e as expectativas quanto ao fim da crise também. A crise está fazendo estragos nas finanças e a recessão instalada nos Estados Unidos já esta sendo sentida em outros países, mas se existe uma coisa que pesa neste momento não são os dados ou qualquer teoria econômica, mas as manchetes avassaladoras sobre a expectativa de pessoas que até o momento só tem informação da crise pela televisão.

O mundo está assustado e as pessoas também. Acompanho o processo desde o início e tenho noção dos estragos desta crise, mas existem muitos equívocos também. Para as pessoas em geral que não estão no olho do furacão à palavra de ordem é “cautela”. A mesma cautela que o ser humano deve cultivar sempre em relação as suas finanças, ou seja, respeitar o próprio orçamento, comprar de preferência a vista, evitar dívidas com o cartão de crédito, cheque especial e financeira. Para os investidores que ainda estão na bolsa à palavra de ordem é “paciência”, os riscos de investir na bolsa são altos, mas historicamente, mais cedo ou mais tarde os ativos se recuperam.

Estamos vivendo um período de grande relevância para a economia mundial, onde as guerras tendem a ceder espaço para a união frente a um inimigo invisível e mais devastador do que os mísseis: a crise financeira. As grandes potências mundiais, os países emergentes e os miseráveis, respiram hoje num só ritmo e numa só direção. Talvez este seja o início de uma virada no próprio capitalismo, na criação de um novo paradigma econômico e na maneira de enxergar as diferenças sócio-econômicas, principalmente se esta crise persistir além das expectativas.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Crise: Mercado Financeiro a Beira da Loucura

Hoje foi um dia de euforia para o mercado financeiro, além de qualquer reação mundial as reações no Brasil conseguem ser mais severas do que a própria crise. Por todo mundo as bolsas caem, mas nunca tanto como a BOVESPA nestes últimos dias e, especialmente, a loucura que foi o dia de hoje. Com dois circuit breakers operando próximo dos 37 mil pontos (quase metade do que se viu durante os recordes de março e abril), mas felizmente dos males o menor, no fechamento do pregão houve uma recuperação de parte do valor dos ativos, estabelecendo os novos patamares e até a possibilidade de uma rápida recuperação a partir de novos prognósticos positivos e do encaminhamento de ações coordenadas em todo mundo.

Crise: O Brasil Têm Saída!

A crise no mercado imobiliário americano começou em fevereiro de 2007, há 20 meses, e de lá prá cá a economia mundial vive de sobre-saltos, o mercado financeiro parece uma montanha russa e a única certeza desde junho é que tudo o que sobe tende a cair, ao contrário do cenário visto nos últimos, onde investimentos em ações tradicionais como a Petrobrás e a Vale valorizavam em meio às oscilações naturais da bolsa de forma tranqüila e continua.

Quase dois anos se passaram e só agora a crise realmente começa a assustar os brasileiros, a geração de expectativas negativas, aliada a posição vendedora dos acionistas da BOVESPA acenderam o sinal vermelho mostrando o outro lado da moeda. Embora o Brasil tenha recebido o “grau de investimento” de agências internacionais que julgaram o país confiável ao investimento estrangeiro, ainda continuamos sendo um país emergente que pensa e age como país emergente.

No primeiro sinal de crise lá se foi o capital estrangeiro, mesmo com os excelentes resultados da economia real. Estabilidade, crescimento econômico, crescimento de renda das classes D, C e B, recordes sucessivos na BOVESPA até maio de 2008, tudo ia bem até então, e muita coisa continua bem até agora, mas o mercado está assustado e sem prognóstico de voltar à normalidade.

Os reflexos da crise financeira foram sentidos inicialmente pela saída de parte do capital estrangeiro da BOVESPA, mas é falta de crédito no mercado internacional que está sendo a condutora da crise ao "mercado real" brasileiro, pois pelo menos metade de nossas exportações é financiada por bancos do exterior - cerca de 100 bilhões de dólares. Os exportadores agora têm que buscar os recursos no mercado interno e a dividir espaço com outras empresas e com os consumidores, quando a procura por crédito aumenta de forma inesperada os juros sobem e os prazos de financiamento tendem a diminuir.

A crise nos Estados Unidos começou no sistema bancário com o problema da inadimplência das hipotecas, mas no Brasil a história é diferente. Os bancos apresentam a cada ano lucros excepcionais, o spreed bancário garante ótimos resultados, muito mais exigência se faz para a liberação de crédito, por aqui o crédito é usado para compra do imóvel e ao contrário do que aconteceu lá, onde a facilidade de crédito fez com que o as pessoas usassem o dinheiro para financiar outros bens.

A equipe econômica do governo e o Banco Central terão participações importantes sobre o impacto da crise, mas certamente que poderá servir de escape para a possível recessão mundial e o que é o grande diferencial do Brasil em relação aos Estados Unidos e os países considerados desenvolvidos é o mercado interno. O Brasil é um país com um imenso e mal explorado mercado consumidor, muitos precisam do básico: comida, falta infra-estrutura, por isso todo investimento será bem vindo e poderá garantir giro na economia. Talvez num futuro próximo precisemos focar atenções no mercado interno até mesmo para absorver parte das exportações, trabalhando com a hipótese de uma recessão mais severa no mercado internacional.

Mesmo com a crise financeira e o sobe e desce das ações o mercado brasileiro continua crescendo. A as vendas da indústria automobilística só em setembro cresceram 31,7% em relação ao mesmo mês do ano passado e 9,8% em relação ao mês de agosto de 2008. No acumulado do ano as vendas subiram 27%, já as exportações de veículos novos e máquinas agrícolas recuaram 7,3% em setembro em relação a agosto, mas no acumulado do ano estão 8,1% maiores em valor, embora tenham apresentada queda no volume. Ao que parece setores importantes sentem os reflexos da crise, mas continuam passando a margem até o momento.

A Crise e as Ações da Vale e da Petrobrás

Para quem esta preocupado com a queda do valor das ações e não consegue tirar os olhos dos extratos nos últimos meses é importante saber o seguinte: se você entrou para especular agora é o momento de pensar realmente em ser investidor, ou seja, deixar o seu dinheiro aplicado por um prazo mais longo.

Ao comprar ações você se tornou sócio de empresas sólidas e promissoras diante da economia brasileira e mundial. Ambas são sinônimo de um país que dá certo e poderiam estar localizadas em qualquer país desenvolvido. São empresas que estão em franco crescimento e desenvolvimento de novos negócios.

Toda crise é cíclica, ou seja, existe início, meio e fim, embora seja cedo para dizer quanto tempo essa crise terá de duração, mas certamente terá um fim e neste momento o mercado financeiro estará de volta à normalidade e o valor de suas ações também. A crise já dura mais de 20 meses e só agora de fato está chegando por aqui, mostrando-se mais perversa pelas reações exageradas do mercado financeiro em relação a BOVESPA do que de fato pelas conseqüências sobre a economia real.

Se mesmo assim você acredita que sua carteira de ações é ruim, saiba que poderia ser muito pior se tivesse comprado ações da do setor imobiliário, por exemplo, pois foram estas as mais castigadas no Brasil pela crise:

As ações ordinárias da Construtora Inpar despencaram 93,6%, Abyara recuaram 89,8%, Even e Rossi 76%, Trisul 72%, Eztec 69,7% e a Helbor 69,4%. Estas ações sofreram com a crise internacional e os reflexos sobre o mercado imobiliário dos Estados Unidos, na contramão da economia real brasileira, pois foi o PIB da construção civil que alavancou o crescimento da economia no 1º semestre, além do aumento do crédito para o setor que já ultrapassa níveis históricos.

domingo, 5 de outubro de 2008

Momento Político II: Eleição em Florianópolis

Como falei anteriormente, prevaleceu nas eleições da Capital à tendência histórica dos partidos que vivem se alternando no poder, seja na Prefeitura seja no Governo do Estado. Nenhuma surpresa em ver PMDB e PP se enfrentarem no segundo turno, e o DEM (antigo PFL) vir na retaguarda para tentar se posicionar como fiel na balança para o segundo turno e tentar mais uma vez chegar ao poder de carona. O importante é chegar ao poder não interessa como e não é nenhuma novidade a coligação do partido ora com o PMDB ora com o PP na capital, isto é história.

O ponto negativo dessas eleições considero a baixa representatividade dos votos para vereador, o primeiro e o segundo mais votados receberam apenas 7.000 votos, muito abaixo do que o Duduco fez há 8 anos, na ocasião foi o mais votado. Observando que nem a tradição da família Amim conseguiu alavancar uma votação significativa ou mesmo os sucessivos mandatos do Vereador Gean. Por outro lado o Renato da Farmácia que depois de anos de serviços prestados a população chega a Câmara como uma das propostas de renovação, prova do que a população almeja ver na Câmara de Vereadores não os oportunistas eleitorais, mas aqueles que sempre estão ali mostrando serviço.

A comemoração nesta eleição acredito que deva ser do PCdoB, afinal a Ângela Albino chegou em 4º lugar e isso foi uma vitória para o partido, pois na realidade chegou muito perto do terceiro lugar, e ainda deixou bem para trás o tradicional partido de esquerda o PT. E por falar em PT as propostas inovadoras fizeram com o que o PT não aproveitasse os votos que foram destinados a Ideli Salvati para o Senado, votos que acabaram se perdendo e fazendo inflar outras campanhas. Resta saber agora qual a posição destes partidos no segundo turno, pois juntos representam mais do que o DEM. Uma batalha para os bastidores da política catarinense.

sábado, 4 de outubro de 2008

Presidente, cuidado com as palavras! Elas podem aprofundar a crise no Brasil.

O Lula foi preparado para ser Presidente e o conhecimento e a vivência pessoal que possui lhe confere experiência que não se ganha nos bancos de universidade. Até mesmo em Wall Street seria difícil encontrar pessoas que fossem capazes de Presidir um país tão complexo como o Brasil, mas no momento o Presidente deveria respeitar a gravidade da crise e “medir as palavras” para não frustrar ainda mais as expectativas do mercado nacional, pois a crise pode se tornar realmente mais grave do que o necessário. Lembrando que nas últimas semanas o resultado da BOVESPA tem sido pior do que os das bolsas americanas que estão literalmente no olho do furacão. No mais o Governo tem tomado atitudes importantes para neutralizar os efeitos da crise, a exemplo da liberação de compulsório, mas se não cuidar das palavras isso de nada adiantará. Outro fato que deve ser considerado é que a economia do Brasil durante a administração do Presidente Lula tem apresentado resultados excelentes, inclusive com ganho de renda para a população, qualquer retrocesso agora implicaria em muitos anos para a recuperação e é isso que me preocupa atualmente, portanto eu diria ao Presidente para tomar cuidado com as palavras, para que não gerem expectativas ainda mais negativas e coloquem em risco as ações contra a crise.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Presidente! Cuidado com as palavras.

Num mundo globalizado como o atual é muito difícil saber qual o impacto da crise que começou nos Estados Unidos sobre a economia de outros países, mas o certo que em maior ou menor intensidade todos sentirão o aperto econômico.

Tenho procurado não me manifestar a respeito da crise, mas na atual circunstância é inevitável. Mas antes de falar sobre a crise gostaria de chamar a atenção sobre alguns discursos que ouvi na imprensa e em especial sobre declarações do Presidente Lula. Por isso, gostaria de lembrar uma afirmação do Presidente quando falou “a crise é do Bush”, uma frase de impacto para a imprensa, porém sem nenhum embasamento econômico.

A frase seguinte que gostaria de destacar quando o Presidente disse que no Brasil “acabou a era dos economistas, agora é dos engenheiros”, mais uma vez uma frase de impacto, porém neste caso considero muito infeliz, pois uma nação é construída por profissionais de inúmeras áreas, das mais simples as mais complexas funções. Talvez esse pensamento tenha sido o responsável pela primeira afirmação, pois ao relegar a importância dos economistas e das análises o Presidente tenha julgado por sua própria conta a trajetória da crise.

A última frase e talvez a mais preocupante de todas foi a afirmação do Presidente numa reunião com outros presidentes da América Latina quando disse que “essa seria possivelmente a maior crise da história”, aumentando a pressão negativista sobre toda a região; reconhecer o problema é uma coisa, afirmar sua intensidade é outra. Como o movimento da economia é fruto de expectativa, uma afirmação destas e a magnitude das palavras podem ao invés de apenas reconhecer o problema, acabar antecipando atitudes que aprofundem ainda mais os impactos da crise neste lado do mundo.

Mas do que falar é necessário buscar alternativas internas e regionais, analisar os fatores de risco como, por exemplo, o crédito e o nível de endividamento das famílias, a política de juros, as possibilidades de dar sustentação ao crescimento interno e amenizar a queda das exportações sobre os setores produtivos, e isso requer muito mais do que economistas, mas uma equipe multidisciplinar e altamente capacitada, sem frases de impacto, mas com ações concretas e objetivas. Os últimos anos têm sido abençoados para a economia brasileira e o prejuízo de retroceder seria um desastre, a começar pelas palavras.

ENTREVISTA: VIAGEM AO EXTERIOR (Jornal Hoje/Globo)

http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/cartao-de-debito-pre-pago-e-boa-opcao-para-pagar-contas-em-viagens-ao-exterior/2541690/

DICAS DE ECONOMIA: ENDIVIDAMENTO E TAXA DE JUROS (BOM DIA SC

Participação Matéria do RBS Notícias (matéria de encerramento do telejornal)

Os cuidados com as crianças na hora de ir as compra (RBS Bom Dia SC)

Entrevista no Jornal do Almoço RBS TV SC: 13º salário

Como gastar o 13º Salário

Entrevista sobre Finanças Pessoais