É isso mesmo, desde que crise do mercado americano aportou no mercado acionário brasileiro, o valor de mercado das empresas despencou 58% em dólar em relação ao final de maio.
A PETROBRÀS que chegou a ser a terceira empresa das Américas chegou a valer 300 bilhões de dólar agora conta com uma desvalorização de 60%, valendo pouco mais de 112 bilhões de dólares. A VALE por sua vez tinha o valor estimado no mercado de 200 bilhões e ontem fechou cotada a 68,2 bilhões de dólares.
A queda dos valores das ações foi provocada principalmente pela saída do capital estrangeiro no país que começou perder nas duas pontas, pela queda no valor das ações de um lado e pela valorização do dólar, tendo em vista que para repatriar o capital teria que obrigatoriamente ir ao mercado da cambio; movimento que acelera ainda mais o processo de valorização da moeda diante do real e aprofunda as perdas. Por isso a “intervenção” do Banco Central colocando dólares no mercado tem sido uma das principais ações para tentar conter o avanço da crise no mercado brasileiro.
Por outro lado, fica evidente o paralelo que existe entre o mercado financeiro e o mercado produtivo, pois as empresas que sofreram o impacto da desvalorização de suas ações estavam em acelerado processo de expansão e acompanhando (ou até mesmo superando) o crescimento do mercado brasileiro, a exemplo das empresas da construção civil e mesmo da PETROBRÁS e da Vale.
Outra coisa que me faz pensar para quem entrou na bolsa e está amargando com as perdas no extrato é uma estratégia de recuperação mais rápida, ou seja, tão logo o mercado demonstre menor volatilidade (o que seria em termos práticos: no acomodar das melancias) a compra de ações desvalorizadas, pois assim que o mercado retome o movimento natural a valorização a ações compradas período de baixa as “perdas” seriam queimadas mais rapidamente. Mas como diria David Ricardo (um clássico da economia) difícil é prever quando isso acontecerá; observando que ele próprio fez fortuna no mercado de ações.
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