terça-feira, 21 de junho de 2011
‘Miseráveis entre miseráveis’
Pelo menos 10,5 milhões de brasileiros vivem na miséria. Homens, mulheres e crianças em total situação de risco. Por um lado a falta de recursos pode sim empurrar estas pessoas para a criminalidade, muitas até vão reconhecer esta alternativa como única, por outro, outros irão tentar resistir bravamente ao apelo do crime, mas quase que a totalidade não sairá desta situação sozinho.
Mas é o outro lado da estatística que pode fazer brotar as soluções. Precisamos de governos mais eficientes, políticos engajados com o bem público e com os cidadãos, assessores tecnicamente preparados para administrar as soluções, mas também entidades, empresas, ONG's, OCIP's, a imprensa, funcionários públicos (sim porque estes são capazes de acompanhar passo a passo o que acontece), enfim pessoas engajadas e capazes de cobrar a efetividade dos mandatos públicos.
O homem público "esta no cargo", mas são as pessoas, estando ou não estatisticamente na condição de miseráveis, que continuarão na penúria se as ações forem tímidas, sofrerem a descontinuidade dos mandatos e tiverem que dividir espaço com a corrupção e o superfaturamento de obras públicas. A miséria afeta os miseráveis, mas também a segurança pública em um país que vive uma guerra civil não declarada.
A responsabilidade é nossa...
‘Miseráveis entre miseráveis’, mais de 10 milhões vivem com R$ 39
Uma população estimada em 10,5 milhões de brasileiros - equivalente ao Estado do Paraná - vive em domicílios com renda familiar de até R$ 39 mensais por pessoa. São os mais miseráveis entre 16,267 milhões de miseráveis - quase a população do Chile - contabilizados pelo governo federal na elaboração do programa Brasil sem Miséria. Lançado no dia 3 de maio como principal vitrine política do governo Dilma Rousseff, o programa visa à erradicação da miséria ao longo de quatro anos.
Dados do Censo 2010 recém-divulgados pelo IBGE que municiaram a formatação do programa federal oferecem uma radiografia detalhada da população que vive abaixo da linha de pobreza extrema, ou seja, com renda familiar de até R$ 70 mensais por pessoa - que representam 8,5% dos 190 milhões de brasileiros. A estimativa dos que sobrevivem com até R$ 39 mensais per capita é a soma dos 4,8 milhões de miseráveis que moram em domicílios sem renda alguma e 5,7 milhões de moradores em domicílios com rendimento de R$ 1 a R$ 39 mensais. Estima-se que outros de 5,7 milhões vivem com renda entre R$ 40 e R$ 70 mensais por pessoa da família.
Os números calculados pelo Estado são aproximados e levam em conta o número médio de 4,8 moradores por domicílio com renda familiar entre R$ 1 e R$ 70 mensais.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social com base no Censo 2010, há 4 milhões de domicílios miseráveis no País. Em 1,62 milhão desse total vivem famílias que não têm renda. Em 1,19 milhão de moradias a renda familiar é de R$ 1 a R$ 39 mensais per capita e em outro 1,19 milhão as famílias vivem R$ 40 a R$ 70.
Fonte: O Estadão Online
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