Texto publicado na Coluna de Janine Alves na Revista Gestão Empresarial
http://www.facisc.org.br/temp/BIN_2248.pdf
Santa Catarina tem apenas 1% do território nacional, cerca de 3% da população e, de acordo com o estudo divulgado recentemente pelo IBGE (para o período de 2003 a 2006), o estado produz 3,98% das riquezas e está entre os sete estados que concentram 80% do PIB do Brasil. Santa Catarina possui ainda a quarta renda per capita do País, com R$ 15,638 mil, valor que parece significativo por estar na frente de tantos outros Estados, mas que está longe dos R$ 36,7 mil do Distrito Federal.
Essas características apontam os resultados obtidos por uma indústria Diversificada, com eixos produtivos geograficamente bem distribuídos e que investe em tecnologia. E na contramão dos fatos, uma indústria que supera os obstáculos de uma infra- estrutura deficiente, conseqüência de longos anos de descaso da esfera pública com a qualidade e com a ampliação da malha viária em nosso estado.
O ano de 2008 está terminando e Santa Catarina pode contabilizar o anúncio e consolidação de investimentos industriais e comerciais relevantes, com destaque para o Porto de Navegantes, que colocou a região do Vale do Itajaí definitivamente no mapa do comércio exterior como segunda maior movimentação portuária do Brasil. Em muitos casos a queda na demanda externa de alguns produtos está sendo compensada pelo aumento do dólar e a maior receita em real. No mercado interno e para as empresas que precisam de dinheiro para custear as exportações, a falta de crédito aos poucos é contornada por medidas do estímulo ao consumo.
Mas um capítulo à parte foi aberto nos últimos dias do mês de novembro com a enchente que atingiu mais 1,5 milhão de pessoas e indústrias, principalmente do Vale do Itajaí, além do rompimento do gasoduto, que impediu o fornecimento de gás
natural para empresas de outras regiões. A logística foi completamente obstruída por dias, muitas fábricas paralisaram as atividades, vidas foram perdidas, mas da economia surge a chamada “destruição criadora”, pois a lama vai ceder espaço à reconstrução, a geração de novos empregos, a retomada de investimentos, o recebimento de verbas federais. Tudo isso vai se refletir em maior movimentação para o comércio e para a indústria de nosso Estado, transformando 2009 num ano com melhores perspectivas do que este ano que termina.
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