Para entender o que a pesquisa da FGV revelou basta refletir: como era sua vida há quatro anos? E agora como está? As chances são grandes de você estar morando melhor ou com mais conforto, ter trocado de carro, adquirido novos eletroeletrônicos, notebook já não é mais um sonho, não é mesmo?
Se formos considerar as questões práticas e concepções sociológicas parece óbvio que é necessário ganhar muito mais do que R$ 1.064,00 para se sentir parte da classe média, mas também é bom observar que o estudo considera que fazem parte da “classe C” pessoas que ganham entre R$1.064,00 a R$4.951,00.
Críticas metodológicas a parte, o que tem que ser entendido é que a classe C é uma classe intermediária entre os muito pobres e aqueles que têm um pouco mais de dinheiro ou muito mais dinheiro, já que o Brasil ainda sofre pela brutal concentração de renda, e que muitas pessoas da classe D migraram para este estrato de renda.
No estudo da FGV estavam na classe C 2004 42,3% da população brasileira e em 2008 essa participação aumentou para 51,9%, ou seja, 9,6% de pessoas que estavam nas classes D e E migrou para a classe C, um incremento de 18,5%.
O estudo também demonstrou ser extremamente positivo em relação à ascensão de pessoas da classe C para as classes B e A, cuja representação aumentou de 11,6% para 15,5%, o que representa o incremento em números relativos de 33,62%, o impacto da melhoria de renda da população foi ainda maior.
Nos últimos anos a geração de emprego e a melhoria de renda da população refletiram-se num processo cíclico de novos investimentos e contrações, mas agora o mercado chegou a um ponto crítico, pois amarga a falta de mão de obra qualificada. Um gargalo que só pode ser vencido com investimento em educação e profissionalização da população. O problema é que a necessidade do mercado é imediata e o investimento em educação é de longo prazo.
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