quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Carga tributária chega a 37,3% das riquezas do Brasil

Nem a extinção da famigerada CPMF conseguiu derrubar a crescente escalada da arrecadação tributária sobre a riqueza do país. Hoje o Governo abocanha 37,3% de toda a riqueza gerada cabendo aos governantes a decisão de como gastar tal dinheiro.

Não é difícil perceber que todo esse dinheiro fosse bem aplicado poderia tirar realmente o Brasil do “terceiro mundo” ou como queiram do ranking dos países em via de desenvolvimento, mas infelizmente a corrupção instalada em todas as esferas do poder impede que isso aconteça no ritmo necessário.

Um ditado popular diz que “existe muito mais mistérios entre o céu e a terra do que pode pensar tua vã filosofia”, por isso, gostaria de fazer uma pergunta simples: o que leva um candidato a vereador a desembolsar um milhão de reais em uma campanha para vereador, sendo que durante os quatro anos do mandato vai receber em torno de quatrocentos mil reais (bruto)?

Quando estamos votando, estamos de fato assinando uma procuração para que os políticos administrem 37,3% das riquezas do Brasil (em sua devida proporção), elegendo prioridades e gastos, por isso lembrar o mau uso do cartão corporativo por membros do Governo é só uma maneira de alertar para a importância de cada voto e, principalmente, da escolha do candidato e de todos aqueles que estão por trás de cada campanha. Você não escolhe apenas um candidato, mas uma equipe para administrar a maior parte da riqueza gerada por todos nós. Pense bem antes de votar!


Leia na íntegra a matéria:

Movimentação Financeira (CPMF) não impediu que a carga tributária brasileira atingisse novos recordes.

No primeiro semestre deste ano, os brasileiros pagaram R$ 515,4 bilhões em impostos, taxas e contribuições aos governos municipais, estaduais e federal. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), responsável pelos cálculos, a carga de tributos cresceu mais de 1 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado, e tende a encerrar 2008 correspondendo a mais de 37% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Pelas contas do instituto, cada brasileiro desembolsou, em média, R$ 2.717,93 para pagar tributos no primeiro semestre e, em todo o ano, deverá recolher quase R$ 5,6 mil.Em termos nominais, o volume arrecadado pela máquina pública foi 16% superior aos R$ 444,7 bilhões do primeiro semestre de 2007, segundo o IBPT. Mesmo descontando a inflação do período, a arrecadação cresceu 8,5% em termos reais – mais do que a expansão do PIB brasileiro, que foi de 6% entre janeiro e junho. “É natural que a arrecadação de tributos cresça quando a economia cresce. Mas, como sempre, a arrecadação avança num ritmo mais rápido”, diz o presidente do IBPT, Gilberto Luiz Amaral. “Isso ocorre por causa da cumulatividade do sistema tributário brasileiro, no qual os tributos incidem sobre outros tributos, provocando o chamado efeito cascata.”Quando cresce o emprego formal, por exemplo, aumentam as contribuições previdenciárias – que, por sua vez, fazem parte da base de outros tributos, como o PIS e a Cofins. “O crescimento da arrecadação de um tributo automaticamente alavanca a arrecadação de vários outros. É por isso que, sempre que a economia nacional acelera, a arrecadação acelera mais. E quando a economia desacelera, a arrecadação desacelera em ritmo mais lento”, explica o tributarista.Sem CPMFDos R$ 515,4 bilhões repassados pelos contribuintes ao setor público, R$ 25,7 bilhões (5% do total) ficaram com os municípios e outros R$ 134,3 bilhões (26%) engordaram os caixas estaduais. O governo federal abocanhou a maior fatia, de 69%, levando cerca de R$ 355,4 bilhões – quase R$ 50 bilhões a mais que no mesmo período do ano passado.Aparentemente a CPMF não fez tanta falta quanto o presidente Lula e vários ministros alardearam no ano passado, quando a contribuição foi derrubada pelo Congresso. Na ocasião, o governo afirmou que não teria condições de abrir mão dos R$ 40 bilhões anuais representados pelo chamado “imposto do cheque”.Uma das medidas do Executivo federal para compensar o fim do tributo já começou a dar resultado. A arrecadação do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF) – que teve sua alíquota elevada no início do ano – quase triplicou, saltando de R$ 3,7 bilhões no primeiro semestre de 2007 para R$ 9,7 bilhões nos seis primeiros meses de 2008, de acordo com o IBPT.

Fonte: Gazeta do Povo

2 comentários:

Anônimo disse...

É de primeiro mundo!

Unknown disse...

Embora a carga tributária no Brasil seja alta, o grande problema continua sendo o mau uso do dinheiro público, que faz com que o peso da carga aumente ainda mais no bolso do contribuinte, tendo em vista que terá que arcar com custos adicionais junto a iniciativa privada para garantir serviços básicos que não são fornecidos adequadamente pelo Governo.

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