Ontem assistindo TV pude ver um marco histórico para a vida política brasileira, pois um partido que militava ferozmente contra a privatização deu o braço a torcer, anunciou a privatização de dois aeroportos, mas a história não vai parar por aí e nem começou aí. Acredito que depois que Lula assumiu o poder os militantes do partido vivem na montanha russa e com um friozinho na barriga que é inevitável.
Aprenderam o caminho, a linguagem do poder, experimentaram a convivência com ternos bem cortados e grifes famosas, o sabor do champanha e viram que na realidade a privatização fez um bem enorme ao Brasil, a começar pela significativa melhoria do sistema telefônico. Antes da privatização telefone era objeto de desejo, mas era apenas para a chamada elite, depois da privatização passou a ser objeto de inserção social estando nas mãos das camadas mais pobres da população. Até catador de papel tem celular.
O que dói ainda aos ouvidos durante o horário eleitoral é o discurso ultrapassado que alguns candidatos, de alguns partidos políticos, que fazem referência ao burguês do século XVIII e os culpam pelas intempéries do mundo atual. Classificam de burguês os bem sucedidos trabalhadores ou empresários, que pagam impostos exorbitantes e que colaboram de forma decisiva para o desenvolvimento do país. Nesta lista existem aqueles que até merecem sinônimos não muito agradáveis, mas convenhamos o povo precisa também que a política se modernize, pois na classe “operária” também existem aqueles que apenas merecem o título de assalariados, pois rendem o mínimo necessário à manutenção do posto de trabalho.
Em suma, existem pessoas e estas devem ser respeitadas, pois a complexidade do sistema sócio-econômico assim exige. Até porque no desgastado discurso direita e esquerda também se confundem na história pós-ditadura militar.
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