Nos últimos dias o aumento do preço dos alimentos ocupa lugar de destaque nos noticiários e no bolso dos brasileiros. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas os preço dos alimentos subiu 2,33% em maio (maior alta desde março de 2004) e foi o responsável direto pelo reaparecimento de um problema antigo: a inflação - medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Observando que o dígito parece pequeno, mas se observado alguns produtos individualmente o susto é grande: carne, leites e derivados, trigo, feijão, arroz, soja, milho, etc.
A crise de alimentos é uma crise mundial e pode ser explicada através de três fatores básicos: aumento da demanda por alimentos, especialmente dos chineses; a adversidade do fator metereológico que atinge países como Austrália que passa por forte seca; e o aumento do preço do barril do petróleo que ultrapassou os U$100,00 influenciando o custo de produção.
Mas para quem acha esta explicação pode ser muito distante ou generalista vale as seguintes observações para compreender a alta dos preços no mercado nacional:
1º A economia brasileira nos últimos anos vem apresentando o que para nós economistas denominasse “aquecimento da demanda”, no bom e velho português aumento do consumo;
2º No dia 02 de maio o Governo Federal liberou o aumento de 15% no óleo diesel nas refinarias, o que teve impacto direto na produção e no setor de transporte, uma vez que o óleo é o principal insumo utilizado pelas empresas, chegando a representar até 40% na planilha de custos das transportadoras;
3º O fator metereológico, nos últimos três anos, os períodos de seca no sul do Brasil foram responsáveis pela perda de 40 milhões de toneladas de grãos;
4º Outro fator decisivo foi à utilização do milho para a produção de etanol nos EUA que elevou o preço da commodity fato que também teve impacto no mercado brasileiro com o aumento das rações para aves.
O aumento do preço dos alimentos é um problema é global, mas o impacto já atingiu o nosso bolso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário